quarta-feira, 16 de junho de 2010

Agronegócio "ferve" ao largo da dignidade do trabalhador

Barreiras (BA) - Urubus espreitam pessoas que se revezam à procura de material reciclável no lixão. Infelizmente, a cena não seria tão incomum em qualquer grande centro urbano brasileiro. Mas o que motiva homens e mulheres a trabalhar neste ambiente numa cidade em "ebulição econômica" como Barreiras, no Oeste da Bahia?
Enquanto o agronegócio - com destaque para as monoculturas da soja e algodão - comemora índices de forte crescimento, a dignidade dos trabalhadores ainda parece ser um mero "detalhe" na região.
Caminhonetes cabine-dupla e carrões multiplicam-se em núcleos como Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e Formosa do Rio Preto: as placas dos automóveis das Regiões Sul e Centro-Oeste do país rivalizam com aquelas das localidades baianas. Condomínios de luxo e redes de fast food passam a integrar a paisagem, em quantidade ainda inferior à das empresas internacionais do agronegócio que se instalam na região.
No campo, a outra face da geração de riqueza é bem menos explícita. Os trabalhadores rurais ainda enfrentam desrespeitos os mais diversos ao seus direitos, seja pela falta de carteira de trabalho assinada, pelo uso intensivo de agrotóxicos e tímido dos equipamentos de proteção, seja devido a transporte, alojamento e alimentação inadequados, ou, ainda, pelo não pagamento de horas-extras, do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outras obrigações devidas. Cada item uma história, cada desrespeito um episódio, cada problema um componente a mais de um todo que revela a superexploração de trabalhadores em várias situações.
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