sábado, 19 de maio de 2012

Dilma Rousseff vai doar indenização recebida por tortura na ditadura


Antônio Cruz / ABr
Dilma Rousseff durante instalação da Comissão da Verdade | Foto: Antônio Cruz / ABr
Da Redação, Sul21
A presidenta Dilma Rousseff receberá indenização de R$ 20 mil do governo do Rio de Janeiro por ter sido interrogada e torturada no estado durante a ditadura militar. O valor, que deve ser pago até o fim de junho, será doado para o Grupo Tortura Nunca Mais. As informações foram prestadas nesta sexta-feira pelo porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann.
Dilma Rousseff é uma das cerca de 120 pessoas que tiveram os processos aprovados pela comissão especial que analisa casos relacionados à ditadura no estado, mas que ainda não receberam a indenização do governo fluminense. De acordo com a Secretaria de Assistência Social do Rio de Janeiro, um total de 895 pessoas foram reconhecidas como vítimas do regime militar no estado.
O Tortura Nunca Mais, que vai receber o valor da indenização da presidente, foi fundado em 1985 por ex-presos políticos que passaram por tortura durante o regime militar. Conta também com a participação de familiares de mortos e desaparecidos políticos. O grupo atua na defesa dos direitos humanos e na luta pelo esclarecimento das circunstâncias de morte e desaparecimento de militantes políticos.
Dilma Rousseff participou da militância política contra o regime militar, foi presa em 1970 e ficou dois anos e meio na prisão – a maior parte do tempo no Presídio Tiradentes, em São Paulo.
No começo desta semana, Dilma Rousseff deu posse aos sete nomes que integrarão a Comissão da Verdade, encarregada de apurar os abusos contra os direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, com foco no período que abrange a ditadura militar. “O Brasil não pode ficar sem a totalidade da sua história. A ignorância não é pacífica. A sombra e a mentira não são capazes de prover a concórdia”, discursou na ocasião, acrescentando que “nas sombras somos todos privados da verdade, mas não é justo que continuemos apartados dela durante o dia”.
Com informações de Agência Brasil e G1

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