quarta-feira, 20 de abril de 2011

Minha pátria é minha língua

Rosane mordeu a língua
Ninguém me perguntou, mas vou dar minha opinião sobre a aprovação do projeto de lei que obriga a tradução de termos estrangeiros no Rio Grande do Sul, de autoria do Deputado Estadual Raul Carrion (PC do B). O projeto não é absurdo ou esdrúxulo  como alguns dizem. Aliás, o PRBS resolveu esculachar o Carrion, o que ele deve estar achando muito bom. Não sei se o projeto será considerado constitucional, porém, o debate que ele estabelece é positivo. Não tem nada a ver com a proibição do uso da língua inglesa, como noticiou o Portal IG. Cada um pode ler o original do projeto e verificar. O que a proposta estabelece é a utilização preferencial de termos que já existam em português e tradução daqueles que ainda não tenham uma forma aportuguesada. Aliás, se vocês lerem a justificativa, verão que o proponente confunde língua com idioma, o que deveria ser evitado em um projeto desse teor, mas, de qualquer maneira, a proposta nada tem a ver com xenofobia. Foi um modo de o deputado manifestar sua preocupação com o modismo e a adoção indiscriminada de termos estrangeiros quando já existem termos dicionarizados para denominar uma mesma coisa.
Conheço o Raul Carrion, diferente do que disse a Rosane Oliveira, ele não fez isso para obter quinze minutos de fama. Fez por que é um nacionalista e tem suas convicções. Aliás, a Rosane e o boletim no qual trabalha dão suas resvaladas no idioma, sem nenhuma observação posterior (veja aqui).
Podem discordar da proposta. Nem sei se uma lei resolverá o problema sério de descaracterização de nosso idioma. Podem dizer que a proposta é inconstitucional, inconveniente, inócua ou inoportuna. Porém, achincalhar o autor do projeto não é o caminho.
Decididamente, o ódio não constrói. Tampouco a mentira.

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