quinta-feira, 30 de julho de 2009

A função social do pânico

O pânico criado em torno da Gripe “A” parece exagerado, na minha singela opinião. Já ouvi especialistas dizerem que as mortes em função da “nova gripe” estão nos mesmos níveis das mortes em decorrência da “velha gripe”. O secretário estadual da saúde informou que,ano passado, houve 250 mortes em decorrência da gripe comum. Pois é, só agora a gente ficou sabendo, mas a coisa foi séria. Portanto, parece que a grande diferença entre a “nova” e a “velha” gripe é a publicidade.

Daí vem o título desse post. Parece que o clima de emergência em função da “Gripe A” cumpre uma função de mobilização e coesão social, para não falar do gosto pela morbidez que move nossa mídia e nossa sociedade. Há pouco tempo atrás tivemos a febre amarela que, embora mereça cuidado, não merecia o clima de comoção que foi criado. Máscaras generalizadas, ampliação de férias escolares, hospitais de campanha... parece tudo um pouco exagerado, mas cumprindo a função de socialização do pânico. Outra nota tragicômica: as medidas que estão sendo tomadas para prevenção da “nova gripe” são as mesmas da “velha gripe”. Ventilação de ambientes, higienização dos ônibus e trens com álcool, além da velha recomendação: “lavar as mãos e não tossir na cara dos outros”. Mas... isso não era para ser feito sempre? Era. É preciso morrer gente para que os ônibus e trens em que andamos sejam limpos decentemente.
Enfim, talvez estejam nos escondendo algo muito sério e a “nova gripe” seja muito mais séria do que dizem os especialistas. Talvez não.
Peço aos meus dezessete leitores que guardem esse post para as gerações futuras, que sobreviverem à epidemia

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