sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Marina: idealizada pelos marinistas, aplaudida pelos financistas

Marina abre o jogo e se afirma como candidata neoliberal


Em sua primeira entrevista depois da oficialização de sua candidatura à Presidência da República, nesta quarta-feira (20), em substituição ao candidato Eduardo Campos (PSB), Marina Silva (Rede Sustentabilidade) fez jus à empolgação do sistema financeiro e da direita neoliberal, mostrando a metamorfose de seu ideário político que se adapta aos interesses antinacionais.


Agência Brasil
Candidata do PSB-Rede-PPS prometeu "vantangens competitivas" ao agronegócio.
Candidata do PSB-Rede-PPS prometeu "vantangens competitivas" ao agronegócio.

Durante toda a entrevista, a candidata repetiu a cartilha de medidas estabelecidas pelos economistas do sistema financeiro, inclusive para o agronegócio. Marina, que antes fazia críticas ferrenhas ao modo de produção do setor, afirma agora que este será também um “polo da sua campanha”.

Distante do combate ao latifúndio e seus laços com o capital estrangeiro, Marina revelou a sua real bandeira quando assume o compromisso com o setor de “avançar nas vantagens comparativas que temos, transformando-as em vantagens competitivas”. Questionada se faria mudanças no novo Código Florestal, contra o qual se posicionou na época da votação no Congresso, Marina agora defende a sua “implementação”.

Aliás, a aproximação com o agronegócio, tão criticado por Marina e a sua Rede de Sustentabilidade, é nítida com a escolha de seu vice, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) que tem trânsito entre as empresas do setor, que são os principais doadores de sua campanha.

Copiar base econômica de FHC

Marina reafirmou o compromisso com o receituário econômico de ajustes com o sistema de metas de inflação, câmbio flutuante e autonomia do Banco Central, fazendo questão de elogiar a política econômica do governo de FHC. Por outro lado, criticou a presidenta Dilma Rousseff dizendo que o governo precisa ter uma “base política que dê credibilidade para os investimentos”. 

As afirmações de Marina mostram a quem o seu plano de governo serve e confirmam que a euforia dos especuladores internacionais (além de tucanos) com a sua candidatura não foi à toa. Na terça-feira (19), o banco americano Brown Brothers Harriman (BBH) divulgou “relatório” em que afirma que a eventual eleição de Marina é muita positiva “para os mercados”. Gurus econômicos de Aécio também manifestaram sua alegria com a entrada de Marina na disputa por conta da identidade dos tucanos com sua a política econômica.

Aliás, para acompanhar o coro alarmista, seguindo o exemplo da campanha do tucano Aécio Neves na questão inflacionária, Marina lançou a “ameaça do apagão” dizendo que é uma ameaça existente desde 2002. No entanto, a candidata tratou logo de dizer que irá resolver o problema, mas não é algo “que se faça da noite para o dia”.

Da Redação do Portal Vermelho, Dayane Santos Com informações de agências

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Marina quer manter bases do Plano Real e aumentar competitividade do agronegócio

O PSB divulga a chapa que concorrerá à Presidência da República. E/D: Beto Albuquerque, candidato a vice; Roberto Amaral, presidente do PSB; e Marina Silva, candidata a presidente (Valter Campanato/Agência Brasil)
Marina Silva diz que há consenso da coligação Unidos Pelo Brasil
em 14 estados
Valter Campanato/Agência Brasil
Iolando Lourenço e Mariana Jungmann - repórteres da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli


Ao fim de um dia de reuniões internas e discussões com os outros partidos da coligação Unidos Pelo Brasil, o PSB formalizou hoje (20) a candidatura de Marina Silva à Presidência da República e Beto Albuquerque como vice. Na primeira entrevista como candidata cabeça de chapa, Marina disse que não pretende subir nos palanques onde não houve acordo entre o PSB e a Rede Sustentabilidade. Por outro lado, ela reafirmou compromissos com as bases econômicas que começaram a vigorar com o Plano Real e com o aumento da produtividade e da competitividade do Brasil no agronegócio.
Sobre as alianças regionais, Marina disse que em 14 estados há consenso sobre o apoio de sua coligação nas eleições majoritárias. Nos demais, ela pretende se “preservar” dos palanques com os quais não concordou e o vice Beto Albuquerque representará os compromissos firmados pelo então candidato Eduardo Campos, morto na semana passada em um acidente de avião. São os casos de estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná, onde Campos apoiava candidatos com os quais Marina se recusa a dividir o palanque.
“O PSB mantém as suas alianças, o Beto representará o PSB com essas alianças e eu estarei com os candidatos do PSB a deputado estadual e federal. Essa é a construção que nós fizemos e é o que está mantido. Os governadores eu já falei, são os governadores onde estamos de comum acordo. Onde não foi possível há o mesmo enquadre e não há mudanças, a única diferença é que a figura de Eduardo passa agora a ser a figura de Beto. E eu continuo preservada de acordo com aquilo que havíamos dito que faríamos”, explicou Marina.
A candidata também foi questionada sobre as divergências com o setor do agronegócio em razão de suas posições ambientalistas. Nesse aspecto, Marina disse que o setor agrário não é “homogêneo” e que não acredita que os produtores rurais brasileiros “reivindiquem produzir sem as preocupações com a agenda ambiental e social”.
A candidata enfatizou a intenção de promover desenvolvimento tecnológico na área rural, de modo a garantir aumento de produtividade com menos exploração de recursos naturais. Ela também disse que pretende trabalhar para implementar o Código Florestal que foi aprovado, mas não tem sido aplicado integralmente.
“Vamos avançar nas vantagens comparativas que temos, transformando-as em vantagens competitivas, como é o caso do etanol, a geração distribuída de energia com o bagaço da cana-de-açúcar, o manejo sustentável das florestas. Quando era ministra do Meio Ambiente fui capaz de aprovar uma lei de concessão das florestas que poderá fazer o Brasil ter um grande potencial em termos econômicos. O Brasil é um país que tem na sua agricultura, tanto no que chamamos de agronegócio, como na agricultura familiar, uma base importante da sua economia”, disse.
Sobre as bases econômicas caso seja eleita, a candidata reafirmou o compromisso com as metas de inflação, o câmbio flutuante e a responsabilidade fiscal. Marina Silva também disse que Eduardo Campos defendia a autonomia do Banco Central e que isso está sendo estudado pela equipe técnica de sua campanha para ser transformado em proposta. Segundo ela, se a conclusão for favorável tecnicamente, a proposta deve ser adotada como queria Campos. “A questão da autonomia do Banco Central nunca foi um problema entre nós”, disse Marina.
Amanhã (21) pela manhã está prevista uma reunião entre todos os partidos da coligação para que a candidatura de Marina possa ser homologada formalmente. Questionado sobre a intenção de alguns partidos de retirarem o apoio com a nova candidata, o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, disse que tem conversado com todos e não recebeu esse comunicado. Ele disse que não acredita que juridicamente isso seja possível, mas que pretende ouvir a todos nesta quinta-feira. A intenção da coligação é formalizar o pedido de registro de Marina Silva e Beto Albuquerque no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na sexta-feira (22).

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Twitter de William Bonner revela bem o que ele é: um medíocre arrogante

William Bonner referiu-se a “robôs e blogueiros sujos insatisfeitos” para rebater críticas sobre as entrevistas dos presidenciáveis no Jornal Nacional

william bonner blogueiros sujos
Bonner responde a “blogueiros sujos” (Edição: Pragmatismo)
Contestado pela postura agressiva na condução das entrevistas aos presidenciáveis durante o Jornal Nacional, William Bonner, editor-chefe e âncora do periódico, fez pronunciamentos sobre a situação em seu perfil no Twitter, sem, no entanto, responder às críticas. “Robôs partidários de todos os matizes insatisfeitos! Corruptos insatisfeitos! Blogueiros sujos insatisfeitos! Muito bom! Obrigado mesmo!”, escreveu em um dos posts, publicado na manhã desta quarta-feira (20).
Ao utilizar o termo “blogueiros sujos”, Bonner faz alusão à fala de José Serra em 2010, quando este era o candidato tucano à presidência. À época, Serra afirmou que o governo federal financiava “blogues sujos” que davam “norte do patrulhamento” a jornalistas.
Bonner, entretanto, limitou-se a dizer que foi “incisivo” e ironizou as críticas. “Tão bonitinho ver robozinho partidário replicar mimimi porque fizeram pergunta difícil pra candidato! Uown! ‘Jornalista mal-criado e feio’”, escreveu em outro post.
As declarações sarcásticas do “tio”, alcunha que ele mesmo se deu na rede, geraram mais polêmica. A blogueira Cynara Menezes publicou: “Não, a entrevista é ruim, fraca. Minha opinião. Não sou corrupta nem robô e entendo de entrevistas. Sorry, Bonner”. Paulo Nogueira também se manifestou: “Bonner é uma extensão modernizada de Cid Moreira. Dá a impressão de ter mais conteúdo, mas no fundo o que faz é ler”.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Bonner levou bronca de Fátima Bernardes na entrevista com Dilma em 2010


Fátima Bernardes precisou interceder em 2010 para que o embate entre William Bonner e Dilma Rousseff não se transformasse em discussão de botequim

A entrevista de Dilma Rousseff para o Jornal Nacional na noite desta segunda-feira se transformou no assunto mais comentado nas redes sociais entre os brasileiros. A razão da expressiva repercussão está na postura adotada por William Bonner.
O âncora do principal telejornal da TV Globo interrompeu a atual presidente e candidata à reeleição 21 vezes em um período de pouco mais de 15 minutos. Enquanto o chefe de jornalismo do ‘JN’ era elogiado e criticado por internautas, analistas políticos afirmaram que Bonner jamais foi tão incisivo com um entrevistado – muito embora não tenha aliviado com Aécio Neves e Eduardo Campos.
Já na primeira pergunta, o apresentador repetiu 7 vezes a palavra ‘corrupção’ para questionar Dilma sobre os escândalos envolvendo seus ministérios. O embate entre ele e a presidente durou 7 minutos e 15 segundos.
Patrícia Poeta, espectadora, teve participação discreta, apesar do dedo em riste na face de Dilma para condenar ‘o problema da saúde’ nos governos do PT.

Filme que se repete?

A título de curiosidade e de comparação, Pragmatismo Político resgatou um trecho da entrevista de Dilma Rousseff na bancada do Jornal Nacional durante as eleições de 2010.
O vídeo mostra que o comportamento de Bonner não sofreu mudanças significativas de quatros anos para cá, só que a sua insistência em não permitir que a então candidata petista concluísse sequer uma frase parece ter constrangido sua companheira de bancada e esposa, Fátima Bernardes, que atravessou a fala do marido com o intuito de evitar que aquele embate se transformasse em discussão de botequim.
Relembre: