terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Maria do Rosário não é Vannuchi. Johnbim não vai c… e andar

Johnbim tem mais farelo que farinha.

Não tem nariz para óculos (é metido).

Pensa que o … dele é folheado a ouro.

Pensa que tem o rei na barriga.

Tem rabo de palha (que um dia a gente – ou o embaixador americano – descobre qual é).

Ele também tem cabelinho na venta.

Tem café no bule (tem alguma coisa escondida).

Nesse angu tem caroço.

As costas dele são largas.

Johnbim não tem giz na ponta do taco (não encaçapa uma).

E se alguém fala mal dele, ele c… e anda.

(Adaptado de “Dicionário de Expressões Populares da Língua Portuguesa”, de João Gomes de Silveira, wmf, martinsfontes, São Paulo, 2010.)

A Folha (*) publica hoje lamentável declaração de Nelson Johnbim, esse que c… e anda, e é um “trêfego”, segundo se entende de avaliação do embaixador americano.

Johnbim considerou “irrelevantes” as críticas que recebeu de Paulo Vannuchi, que acaba de deixar a Secretaria de Direitos Humanos.

Vannuchi paga pelo que fez.

Johnbim passou com um trator por cima de Vannuchi.

Johnbim manipulou o PiG (**) e detonou a formação da Comissão da Verdade com que o governo Lula pretendia acertar as contas com a tortura do regime militar.

Lula pretendia.

Johnbim decidiu que não ia ter acerto de contas nenhum.

O Vannuchi na época encolheu-se.

Chamou-se às falas.

E o presidente Lula, numa das – poucas – páginas cinzentas de sua biografia, mandou a Advocacia Geral da União passar a mão na cabeça dos torturadores.

O resto já se sabe: o Supremo de Eros Grau fez o papel que fez (referendou a famigerada Lei da Anistia) e o Brasil se desmoralizou diante dos olhos o mundo.

Clique aqui para ler o que Fábio Comparato escreveu sobre a vergonhosa derrota da posição brasileira – defendida por Sepúlveda Pertence – na Corte dos Diretos Humanos da OEA.

Agora, com o leite derramado, antes de ir embora, Vannuchi decidiu “dar um pano de amostra” – diria o Graciliano – do que é capaz.

E disse: “a anistia a torturadores é a mãe de todas as impunidades. Não considero o Jobim um canalha (Ah !, bom ! – PHA), o considero defensor de uma posição equivocada.”

O amigo navegante já imaginou que formidável defesa dos Direitos Humanos teria sido uma demissão irrevogável do Vannuchi no auge da disputa com o Johnbim sobre a tortura ?

Agora, bem, agora, Lula deu a ele um prestigioso posto no exterior, logo acima do que conferiu ao ínclito delegado Paulo Lacerda.

Mas, a Dilma, bem, a Dilma é a Dilma.

Dilma foi torturada.

E aí são outros quinhentos.

Ela engoliu o Johnbim.

Lula fez de Johnbim o Marechal Lott da Dilma.

Ou o Pinochet da Dilma, nunca se sabe.

Como se o Brasil fosse o Equador ou Honduras e um golpete militar ainda fosse possível.

Ou será ?

Numa excelente entrevista à Carta Capital (os neo-liberais brasileiros, aí incluem-se a urubologa Miriam Leitão e seu fiel discípulo Sardemberg entre os mais ilustres (sic) não foram capazes de produzir um economista com 1/10 do Delfim), na Carta, Delfim Netto diz que a Dilma teve a sabedoria de apaziguar os militares.

Delfim deles entende.

A Dilma é a Dilma.

E a nova Ministra dos Direitos Humanos, a petista gaúcha Maria do Rosário não é o Vannuchi.

http://paroutudo.com/noticias/2010/12/18/nova-ministra-de-direitos-humanos-defende-adocao-por-casais-gays/

http://www.brasil.gov.br/transicao-governo/futuros-ministros/secretaria-de-direitos-humanos-da-presidencia-da-republica-maria-do-rosario

http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=6&n=4923

O Johnbim que se cuide.

Com ela não vai ser fácil c… e andar.


Paulo Henrique Amorim

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