quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Neossocialistas


O socialismo vive, há algum tempo, uma séria crise que não é apenas prática, é conceitual. Ao arrepio dos debates estabelecidos pelos círculos socialistas, o fenômeno de um certo tipo de "neosocialismo" viceja no Brasil. Enquanto os dois partidos liberais (PL e PFL), PSB e PPS crescem, o PSOL está muito vivo e o PSTU, mesmo que seja pequeno, é muito atuante. Temos, ainda, o PT, que se descreve como socilaista e o PC do B. É muito partido pra pouco socialismo. Dificilmente um debate interno desses partidos produziria uma conclusão sólida. Alguns dirão que isso é da natureza da democracia socialista, eu penso que é fruto de muitas indefinições históricas e teóricas.
Mas o que desejo falar é sobre a safra de novos socialistas. De Paulo Skaf a Romário, temos uma porção de gente aderindo a uma causa que duvido que conheçam. Quanto ao Paulo Skaf, acredito que seja contra. Mas... quem já viu Britto, Odone e Berfran no Partido Popular Socialista não se adira com pouca coisa.
Obviamente o que está em jogo é o desempenho eleitoral dos partidos. Desempenho que levou Ademira da Guia a ingresar, elegre-se e sair do PC do B. Agora, já foi dignamente substituído por Netinho de Paula na Câmara Municipal de São Paulo. O "Paulão do Vôlei," também aderiu ao marxismo-leninismo brasileiro e promete muito na política riograndense. E assim caminha a humanidade.
Na falta de uma definição melhor, eu me considero um socialista. Pelo menos sou um anticapitlaista, porém, não é fácil a vida dos socialistas brasileiros. Quanto mais crescem e se reforçam eleitoralmente, menos socialistas ficam, quanto mais mirrados e sectários, mais dogmáticos.

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