terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Torcida organizada não combina com festa

Não vi o desfile das escolas de São Paulo. Não sei se a Gaviões foi roubada, não sei se quem iniciou a violência na apuração do desfile de São Paulo era da Gaviões. O que eu sei é que pessoas identificadas com a camiseta da Gaviões apareceream aos montes na hora da confusão. Sei, também, que nada mais se parece com uma brigada fascista do que uma torcida organizada, seja no futebol, seja no samba.
Carnaval e futebol mexem com a paixão das pessoas, e paixão não é algo que se organize, é algo que se deixa rolar. Quando se começa a organizar a paixão, o amor espontâneo vira ódio organizado. A Gaviões da Fiel é a forma mais acabada de organização do ódio no futebol. Há outras, infelizmente muitas outras organizações desse tipo. Certo ano, em função de distúrbios, foram vedadas escolas de samba formadas por torcidas organizadas em São Paulo. Voltaram atrás, deu no que deu.
No futebol, alguns clubes começaram, muito tarde, a darem-se conta do perigo que representam as tais torcidas organizadas. Mas o ódio e a intolerância não tem esporte ou festa popular preferida. Onde quer que haja uma paixão, suas brigadas dirigem-se ávidas de sangue.
Cabe às autoridades e aos dirigentes das agremiações - sejam elas carnavalescas, esportivas ou de qualquer outro tipo - cercearem a ação dos grupos que desejam "organizar a paixão" dos torcedores.
No caso do Governo de São Paulo, as imagens são ilustrativas: uma pessoa entrou sozinha em uma área reservada e a PM não esboçou reação.
Pelo jeito a PM de São Paulo só sabe bater em pobre e estudante.

PS: A Gaviões que não venha se esconder atrás do Lula pra justificar sua derrota. Aprendam com Lula, que perdeu três vezes até tornar-se vitorioso.

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