terça-feira, 24 de março de 2009

Nova Lei Rouanet? Não li, mas gostei


Perdoem-me os meus sete leitores (estamos crescendo), mas vou falar de mais um assunto que não conheço. Vi as manchetes e matérias curtas sobre modificações na Lei Rouanet. Não li o teor da proposta, mas modificações na Lei, no sentido das que estão sendo anunciadas, só podem trazer melhoras.
Quando um show da Sandy e Júnior (lembrarm deles?), entre outros, recebem recursos públicos (sim, públicos, pois são impostos que não serão pagos pelas empresas) para cobrar ingressos caríssimos é porque existe algo errado na política de financiamento da cultura em nosso país.
Essas leis de incentivo, em princípio, são nocivas. Vi um produtor teatral dizer que teme o dirigismo cultural. Ora, atualmente, vivemos sob o dirigismo cultural das empresas. Certamente a ação do poder público (não do governo) vai trazer outras perspesctivas. A crise com a Lei de Incentivo à Cultura no Rio Grande do Sul é uma amostra do grau de manipulação desse tipo de mecanismo. Até o Mano Changes acha isso errado!
Mais de uma vez foram apresentadas denúncias (sem provas, sem provas)de superfaturamento nos orçamentos dos projetos. Por quê? Simples. Porque, desse modo, a empresa faria um patrocínio fictício, menor do que o declarado, mas abateria até 100% valor informado. Muita gente concordaria com isso para poder trabalhar e outros ganhariam dinheiro com isso. Ou seja, a cultura como mercadoria chegaria ao seu ápice. Atenção, tudo isso é um hipótese, porque, que eu saiba, não há provas.
O debate recém começou. Como em outras situações, não se espere neutralidade vinda dos maiores interessados em financiar megaespetáculos com recursos não pagos aos cofres públicos.

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