Foto: Roberto Homem
Não é possível cumprirmos
questões ambientais sem derrotarmos a lógica do capital, sem incluirmos a
questão da inclusão social e da superação da extrema pobreza como
questão de direitos humanos. Saneamento, urbanização, sustentabilidade,
não podem excluir os direitos humanos. A afirmação é da ministra Maria
do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República (SDH/PR), durante sua participação no painel de debate
“Direitos Humanos e Desenvolvimento Social”, na Arena Socioambiental,
dentro das atividades da Rio + 20.
De
acordo com a ministra, o desenvolvimento sustentável no Brasil deve
passar pela integração com a agenda de direitos humanos. “A agenda de
direitos humanos no Brasil e no Mundo deve englobar conceitos de justiça
social, transparência e democracia. Os países não devem se pautar
somente pela agenda dos mercados e das guerras que estão cada vez mais
presentes. Questões relacionadas à cooperação devem contagiar os
governantes dos estados brasileiros, bem como os chefes de Estado em
todo o mundo”, destacou.
Rosário
legitimou as críticas dos movimentos sociais ao modelo de crescimento
econômico mundial e disse que isso poderá mudar se as questões de
direitos humanos forem incluídas na pauta. “É justo que os movimentos
sociais estabeleçam posições críticas. Um movimento social que se
acomoda perante o Estado não produzirá os avanços necessários. Diálogo
sobre gênero e superação de pobreza devem ficar no centro do debate”,
defendeu.
Ao falar da questão de
gênero, a ministra afirmou que "se as mulheres tivessem a mesma equidade
na participação da produção que os homens, haveria uma redução drástica
na marca da pobreza e o número de mortes por fome em todo o mundo".
Matriz energética –
A matriz energética limpa do Brasil, segundo Rosário, é a principal
demonstração de que a agenda de direitos humanos e meio ambiente possui
uma nova concepção sobre os recursos naturais. Segundo ela, apesar de
temos 46% da energia brasileira renovável, ainda há um longo caminho a
ser percorrido para a efetiva preservação ambiental. “Temos que nos
orgulhar disso, mas temos grandes tarefas à frente”, declarou.
Assessoria de Comunicação Social
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