sábado, 28 de dezembro de 2013

Artistas protestam contra perda de sala no Atelier Livre de Porto Alegre

Secretaria Municipal da Cultura quer dar outro uso a laboratório de artes visuais

Artistas protestam contra perda de sala no Atelier Livre de Porto Alegre Ronaldo Bernardi/Agencia RBS
Abrigado no Centro Municipal de Cultura, o Atelier Livre é um lugar para experimentações artísticasFoto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
A perda de uma sala destinada a experimentações artísticas no Centro Municipal de Cultura, ainda que temporária, gera protestos de integrantes do Atelier Livre de Porto Alegre.
A destinação da área que funciona como laboratório de artes visuais do ateliê para abrigar uma central telefônica levou a manifestações contrárias de professores e alunos da entidade em e-mails e redes sociais por considerarem a medida uma perda estrutural e de prestígio.
O Atelier Livre é uma escola de arte da prefeitura que oferece cursos práticos, teóricos e realiza atividades como exposições e palestras em diversas salas do centro cultural. A transferência do setor de telefonia para uma delas, chamada Sala X e utilizada por artistas para criar e expor trabalhos desde 2007, tem como objetivo liberar espaço para a coordenação de dança do município, localizada no mesmo prédio. A central seria deslocada para lá em março e permaneceria nesse local pelo período de construção de um anexo no centro de cultura. Depois dessa obra, em um período que pode levar entre seis meses e um ano, seria possível reabrir o laboratório.
– Não queremos perder a sala porque ela contribui para o trabalho didático do ateliê, e muitas vezes o que é temporário se estende – declara a professora Ana Luz Pettini.
Na quinta-feira, a diretora do Atelier Livre, Eleonora Fabre, chegou a informar que a reconfiguração havia sido suspensa. Porém, na manhã de sexta, foi chamada à Secretaria Municipal da Cultura e avisada de que a sala deverá ser destinada à telefonia. A decisão tem sido interpretada por alunos e professores como um desprestígio ao setor de artes visuais.
– Sou obrigada a acatar as determinações da secretaria. Mas não se trata apenas da perda de um lugar físico, e sim de um espaço institucional do ateliê – sustenta Eleonora.
O secretário-adjunto da Cultura, Vinícius Cáurio, afirma que está disposto a discutir o assunto. Mas afirma que, hoje, a transferência temporária é a melhor saída para aumentar a área dedicada à dança.
– As diferentes coordenações da secretaria são coirmãs, e a dança é uma área que está crescendo muito na cidade e tem necessidade de mais espaço para garantir a qualidade do serviço. A mudança é temporária – sustenta Cáurio.

Adeus Araújo Vianna, eu te mando um abraçaço!

De: Blog do Elenilton

Era uma vez um auditório chamado Araújo Vianna. Eu o conheci em outros tempos, onde não era a oitava maravilha do mundo mas nele se podia entrar num domingo à tarde com sol.
Semana passada fomos lá ver o Caetano e seu show “Abraçaço”. O povão ficou pela rua vendendo churrasquinho e pipoca. Lá dentro senhoras respeitáveis tomavam espumante em pequenas taças de plástico e comentavam os cinquenta tons de livros da moda que haviam acabado de ler. Meninas tensas esperavam na fila para comprar a sua. O ar condicionado impressionava um senhor que ia entrando, enquanto seu amigo procurava ávido pelo banheiro. Cadeiras numeradas e pessoas gentis mostrando a cada um o seu devido assento.
Se eu fosse ingênuo diria que o Araújo Vianna ficou bonito e organizado. E ficou mesmo. Porém esta é uma constatação superficial. Com 40 anos e muitos pés de galinha na face já é tempo de deixar de ser ingênuo. Os 18 milhões que foram colocados na reforma me fazem pensar para muito além dos números nas poltronas, do brinco de ouro da mulher ao lado ou dos doze reais que cobram por uma tacinha ridícula de espumante. Nenhum problema com o dinheiro dos empresários do entretenimento e seus investimentos nem com a grana que se gasta fácil. Mas com o dinheiro público todos os problemas. Minha própria grana eu gostaria que fosse utilizada para o desfrute da maioria. A reforma era para custar 6 milhões, e estes 6 viraram 18! Quanto disso foi dinheiro da prefeitura?
Me perdoem a má vontade, não é nada pessoal. Mas não confio em vocês. Não boto fé nestes senhores prefeito, amigos, secretários e etc e tal. E ainda menos no cordão de puxa-sacos que cada vez aumenta mais. Não jogo bolinha de gude com vocês nem “às brinca”. E tenho a curiosa percepção que a grande maioria das pessoas pensa o mesmo.
Os novos donos do Araújo Vianna cobram preços de Primeiro Mundo, mas os assentos são de madeira e o som continua com problemas. Lembro de um show público, neste mesmo lugar em 1992. Moleque de Rua era o nome do grupo. Uma das melhores apresentações que já assisti e dancei. Sim, Porto Alegre era outra, eu sei. Eu dançava bem mais e nem éramos tão bundões como hoje. Talvez por isso o Caetano não nos disse nem boa noite. Quem disse “oi” foi o patrocinador, que agora dá um novo nome para o auditório: “Oi apresenta Auditório Araújo Vianna”. O publicitário que inventou isto merece um prêmio. Pior que ele, só aquele outro que criou a propaganda do curso Unificado, que diz assim: “Detone os concorrentes e passe para a nova fase da sua vida.” Este merece ser detonado com um prêmio especial e uma viagem para as Ilhas Fake só de ida. Onde ficam estas ilhas? Também não sei, e é melhor que ninguém saiba para não haver o risco de quererem resgatá-lo.
Para não soar tão feio sugiro um novo nome: “Espaço Oi”, “Auditório Oi” ou “Opus Auditório” (que é o nome da empresa que ganhou a concorrência). Mudem o nome, em nome da sinceridade nos negócios e de meus ouvidos sensíveis.
Araújo Vianna lembra um outro lugar, outro tempo, onde o acesso não era restrito à fatia da população que tem 150 ou 200 pratas para desembolsar assim no mais no meio de uma semana de outono. Mais 20 ou 30 de estacionamento ou táxi, ou mil horas de espera pelo ônibus que nunca chega. Nada contra as pessoas com condições para isto, e eu mesmo posso eventualmente ser uma delas (bem eventualmente, que fique claro). O detalhe é que estas mesmas pessoas podem pagar isto em locais privados. Há vários deles, para todos os gostos e bolsos. Por que um lugar assim no meio de um parque municipal?
Seguindo a sessão nostalgia, também dá uma certa saudade dos tempos em que existia a EPTC. Alguém lembra? Se esta empresa não fosse fictícia nos dias de hoje (servindo apenas para defender aumento de passagem de ônibus), quem sabe até poderia enviar UM de seus agentes. Ao menos para parar o fluxo em alguns momentos em frente ao Auditório Oi, para que as velhinhas e velhinhos possam também ter o direito de ir e vir sem virar alvo fácil correndo em meio a automóveis furiosos. Também não seria demais se alguém lembrasse aos taxistas o significado da cor vermelha nas sinaleiras. Mas tá, tudo bem, sei que já estou pedindo demais e nos dias de hoje é moda baixar a cabeça e deixar como está.
Nem achei maiores problemas naquela grade colocada em volta do antigo Araújo Viana. Não ficou esteticamente agressiva. Apenas gostaria de saber quanto será pago por aquela área toda, e se é mesmo legal vender uma área no meio da Redenção. Claro, irão me dizer que não há venda alguma, e que se trata apenas de um contratinho de 10 ou 20 anos. Tudo bem. 20 anos não é quase nada mesmo. Nem sei por que afinal fico insistindo nisto. Minha mente anda confusa pelo medo, e a culpa é destes estudantes que aterrorizam a cidade com seus cantos e seus cartazes agressivos.
Me disseram que ali, bem ali no Oi Apresenta Auditório... também houve um ataque de uma horda de anarquistas mascarados, que teriam atacado o símbolo sagrado da Cloaca Cola e ateado fogo a uma pobre lata plástica de refrigerante, que até então não havia feito nada senão decorar a nova cara do lugar. Os mesmos meliantes teriam também esvaziado o mascote da Copa do Mundo, maculando assim a imagem de Porto Alegre perante os bons homens da Fifa. Caetano cantou que “a bossa nova é foda”. Que nada. Foda é a Fifa, mas num sentido inverso ao da música.
Mas voltemos ao show de Caetano. 70 anos de idade e o cara vem fazendo rock and roll. Gostei. Não sei se o público que estava lá aprovou muito os solos de guitarra e a batida crua de certas composições. Mesmo assim quem não aplaudia chacoalhava as joias. Percebi que na fila em frente houve cochicho e desconforto quando ele cantou a bela canção sobre Carlos Marighella (“Um comunista”), sob uma luz vermelha e repetindo que os comunistas guardavam sonhos.

O baiano morreu, eu estava no exílio.
E mandei um recado
que eu é que tinha morrido e ele que estava vivo...”

No banheiro, alguém ouviu duas frequentadoras do novo auditório, meio bêbadas, que se perguntavam se “os comunistas” eram um jogo ou um novo aplicativo. Sinal dos tempos.
Por estas e por muitas outras é que digo:
Adeus Araújo Vianna. Eu te mando um abraçaço!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Bancada Evangélica: a mais ausente, inexpressiva e corrupta de todas

deldebbio

@MDD – Muitos de vocês, jovens leitores, têm pais e parentes evangélicos. Pessoas boas, que não concordam com a corrupção e com o roubo e desvio do dinheiro dos fiéis para enriquecimento ilícito de pastores mal intencionados. Você, leitor, tem uma missão: Enviar este post para a maior quantidade de evangélicos que você conhecer. Se estes amigos e parentes forem pessoas honestas, eles ajudarão a limpar esse lixo infectado da política que se alojou no seio das Igrejas de dentro para fora! Começamos a campanha “Evangélico não vota em pastor corrupto”.
Dados do Transparência Brasil indicam que:
1) Da bancada evangélica, todos os deputados que a compõe respondem processos judiciais;
2) 95% da referida bancada estão entre os mais faltosos;
3) 87% da referida bancada estão entre os mais inexpressivos do DIAP;
4) Na última década não houve um só projeto de expressão, ou capaz de mudar a realidade do país, encabeçado por um parlamentar evangélico.

Assembleia de Deus
1 Hidekazu Takayama – PSC/PR
TRF-1 (Seção Judiciária do Distrito Federal) – Processo 0031294-51.2004.4.01.3400 – de Ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal. STF – Inquérito nº 2652/ 2007 – Inquérito apura crimes contra a ordem tributária, estelionato e peculato.

2 – Sabino Castelo Branco – PTB/AM
STF – Processo nº 538 – Réu em ação penal movida pelo Ministério Público Federal por peculato.
STF – Inquérito nº 2940 – É alvo de inquérito que apura crimes contra a ordem tributária. TSE –
Processo nº 504786.2010.604.0000 – É alvo de recurso contra expedição de diploma apresentado pelo Ministério Público Eleitoral por abuso de poder econômico e uso indevido de meio de comunicação social.
TSE – Processo nº 874.2011.604.0000 – É alvo de representação movida pelo MPE por captação ou gasto ilícito de recursos financeiros de campanha eleitoral.
TRE-AM – Processo nº 90095.2002.604.0000 – Teve reprovada prestação de contas referente às eleições de 2002.
TRE-AM – Processo nº 424843.2010.604.0000 – Teve reprovada prestação de contas referente às eleições de 2010.
TRE-AM – Processo nº 485034.2010.604.0000 – É alvo de representação movida pelo MPE.TRF-1 Seção Judiciária da Amazônia – Processo nº 0001172-68.2007.4.01.3200 – É alvo de ação de execução fiscal movida pela Fazenda Nacional.
TJ-AM Comarca de Manaus – Processo nº 0039972-21.2002.8.04.0001 – É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual.

3 – Ronaldo Nogueira – PTB/RS
TCE-RS (processo 008255-02.00/ 08-2) – Irregularidades na gestão da Câmara de Carazinho.
TCE-RS (processo 001084-02.00/ 01-0) – Idem. TCE-RS (processo 010264-02.00/ 00-4) – Idem.

4 – João Campos de Araújo – PSDB/GO
TRF-1 (Seção Judiciária do Distrito Federal – processo 0031294-51.2004.4.01.3400 – É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal.

5 – Costa da Conceição Costa Ferreira – PSC/MA
TRF-1 (Seção Judiciária do Distrito Federal) – processo 0031294-51.2004.4.01.3400 – É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal.
É alvo de ações de execução fiscal movidas pelo município de São Luís:
TJ-MA Comarca de São Luís – Processo nº 7092-32.2007.8.10.0001.
TJ-MA Comarca de São Luís – Processo nº 1793-35.2011.8.10.0001

6 – Antônia Luciléia Cruz Ramos Câmara – PSC/AC
TRE-AC – processo 497/ 2002 – Teve reprovada a prestação de contas referente às eleições de 2002. É alvo de ações penais movidas pelo Ministério Público por crimes eleitorais (peculato/captação ilícita de votos ou corrupção eleitoral).
STF – processo 585. STF – Processo nº 587. TRE-AC – processo 177708/ 2010
– É alvo de inquéritos que apuram crimes eleitorais e contra a administração em geral:
STF – inquérito 3083, TRE-AC – Inquérito 245, STF – Inquérito nº 3133.
É alvo de ações de investigação judicial eleitoral por abuso de poder econômico:
TRE-AC – processo 142143/ 2010, TRE-AC – processo 178782/ 2010, TRE-AC – processo 142835/2010 . É alvo de representações movidas pelo MPE por captação ilícita de sufrágio e/ ou captação ou gasto ilícito de recursos financeiros de campanha eleitoral: TRE-AC – processo 180081/ 2010, TRE-AC – processo 194625/ 2010 e TRE-AC – processo 142058/ 2010

7 – Cleber Verde Cordeiro Mendes – PRB/MA
STF – processo 497/2008 – É alvo de ação penal movida pelo Ministério Público Federal por crimes praticados contra a administração em geral (inserção de dados falsos em sistema de informações).
TRE-MA – processo 603979.2010.610.0000 – É alvo de ação de investigação judicial movida pelo Ministério Público Eleitoral por uso de poder político e conduta vedada a agentes públicos.

8 – Nilton Baldino (Capixaba) – PTB/RO
STF – Processo nº 644 – Acusado de envolvimento com a máfia das ambulâncias, é réu em ação penal movida pelo Ministério Público Federal por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
TRF-1 Seção Judiciária do Distrito Federal – Processo nº 0031294-51.2004.4.01.3400 – É alvo de ação civil pública movida pelo MPF.
TRF-1 Subseção Judiciária de Ji-Paraná – Processo nº 0000432-26.2007.4.01.4101 – É alvo de ação de improbidade administrativa movida pelo MPF por envolvimento com a máfia das ambulâncias.

9 – Silas Câmara – PSC/AM
STF – inquérito 2005/2003 – É alvo de inquérito que apura peculato e improbidade administrativa.
STF – inquérito 3269 e STF – inquérito 3092 – É alvo de inquéritos que apuram crimes eleitorais.
TRF-1 Seção Judiciária da Amazônia – processo 0004121-02.2006.4.01.3200 – É alvo de ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal.
É alvo de representação e ações de investigação judicial movidas pelo Ministério Público Eleitoral por captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico:
TRE-AC – processo 180081.2010.601.0000,
TRE-AC – processo 142835.2010.601.0000,
TRE-AC – processo 178782.2010.601.0000,
TRE-AM – processo 73203919.2005.604.0000
- O PTB teve reprovada a prestação de contas referente ao exercício financeiro de 2004, quando o parlamentar era ordenador de despesas do partido em nível estadual.

10 – José Vieira Lins (Zé Vieira) – PR/MA
É alvo de inquéritos que apuram crimes de responsabilidade, peculato e sonegação de contribuição previdenciária:
STF – inquérito 3051, STF – inquérito 3078, STF – inquérito 2945, STF – inquérito 2943, STF – Inquérito 3047.
É alvo de ações civis públicas, inclusive de improbidade administrativa, movidas pelo Ministério Público e pelo município de Bacabal:
TRF-1 Seção Judiciária do Maranhão – processo 0005980-37.2008.4.01.3700, TJ-MA Comarca de Bacabal – processo 378-16.2009.8.10.0024, TJ-MA Comarca de Bacabal – processo 1771-15.2005.8.10.0024, TJ-MA Comarca de Bacabal – processo 279-56.2003.8.10.0024.
É alvo de ações de execução movidas pela Fazenda Nacional — por exemplo: TRF-1 Subseção Judiciária de Bacabal – processo 0000629-69.2011.4.01.3703, TRF-1 Subseção Judiciária de Bacabal – processo 693-79.2011.4.01.3703, TRF-1 Subseção Judiciária de Bacabal – processo 0000908-55.2011.4.01.3703, TJ-MA Comarca de São Luís – Processo 6007-40.2009.8.10.0001.
Foi responsabilizado por irregularidades em convênios e aplicação de recursos e teve contas reprovadas: TCU – Acórdão 5659/ 2010, TCU – Acórdão 3577/2009, TCU – Acórdão 3282/2010, TCU – Acórdão 2679/2010, TCU – Acórdão 749/2010, TCU – Acórdão 1918/ 2008 (teve o nome incluído no TCU – Cadastro de responsáveis com contas julgadas irregulares). TCU – Acórdão 801/ 2008 (teve o nome incluído no TCU – Cadastro de responsáveis com contas julgadas irregulares). TCE-MA – processo 2600/1999 e TCE-MA – processo 3276/2005.

11 – Marcelo Theodoro de Aguiar – PSC/SP
TRE-SP – Processo 1077244.2010.626.0000 – Teve reprovada prestação de contas referente às eleições de 2010.

Igreja Presbiteriana
1 – Leonardo Lemos Barros Quintão – PMDB/MG
STF – Inquérito nº 2792 – É alvo de inquérito que apura crimes eleitorais.
TJ-MG Comarca de Belo Horizonte – Processo nº 5034047-88.2009.8.13.0024
– É alvo de ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual.

2 – Edmar de Souza Arruda – PSC/PR
STF – inquérito 3307 – É alvo de inquérito que apura crimes contra o meio ambiente e o patrimônio genético.

3 – Edson Edinho Coelho Araújo (Edinho Araújo) – PMDB/SP
STF – Inquérito nº 3137 – É alvo de inquérito que apura crimes previstos na lei de licitações.
TJ-SP Comarca de São José do Rio Preto – Processo 576.01.2009.043791-5 – É alvo de ação de execução fiscal movida pela Fazenda estadual. É alvo de ações de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público Estadual: TJ-SP (segunda instância) – processo 9035424-43.2006.8.26.0000, TJ-SP (Comarca de São José do Rio Preto) – Processo nº 576.01.2010.062759-8. O TCE-SP julgou irregulares processos licitatórios e contratos firmados pela prefeitura de São José do Rio Preto: TCE-SP – processo 2832/008/04, TCE-SP – processo 313/008/02, TCE-SP – processo 2432/008/07

4 – Benedita Souza da Silva Sampaio – PT/RJ
TRF-1 Seção Judiciária do Distrito Federal – Processo 0031294-51.2004.4.01.3400 – É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal.
É alvo de ações de improbidade administrativa: TJ-RJ (Comarca do Rio de Janeiro) – processo 0040421-83.2007.8.19.0001, TJ-RJ (Comarca do Rio de Janeiro) – processo 0050419-80.2004.8.19.0001 e TJ-RJ (Comarca do Rio de Janeiro) – processo 0372416-70.2009.8.19.0001.

5 – Anthony William Garotinho Matheus De Oliveira (Anthony Garotinho) – PR/RJ
É alvo de inquéritos que apuram crimes eleitorais:
STF – Inquérito 2601/2007,
STF – inquérito 2704/2008,
TRF-2 (Seção Judiciária do Rio de Janeiro – Processo nº 2008.51.01.815397-2
– É réu em ação penal referente à máfia dos caça-níqueis e movida pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, corrupção e crimes contra a administração pública. Chegou a ser condenado a dois anos meio de prisão. A pena foi convertida em prestação de serviços e suspensão de direitos.
É alvo de ações de improbidade administrativa:
TJ-RJ Comarca de Nova Iguaçu – processo 0026769-53.2005.8.19.0038,
TJ-RJ Comarca de São Fidelis – processo º 0000249-07.2011.8.19.0051,
TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo 0050419-80.2004.8.19.0001,
TJ-RJ Comarca de Campos dos Goytacazes – processo 0011729-64.2009.8.19.0014,
TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo 0040380-19.2007.8.19.0001,
TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo 0040412-24.2007.8.19.0001, TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo 0039456-08.2007.8.19.0001,
TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo 0064717-67.2010.8.19.0001,
TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo 0183480-95.2008.8.19.0001,
TRE-RJ – processo 764689.2008.619.3802
- Em ação judicial eleitoral, foi condenado por abuso de poder econômico e uso indevido de veículo de comunicação social. A Justiça decretou inelegibilidade.

Igreja Universal do Reino de Deus
1 – José Heleno da Silva – PRB/SE
É alvo de ações de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público Federal:
TRF-5 Seção Judiciária de Sergipe – processo 0005364-36.2010.4.05.8500,
TRF-5 Seção Judiciária de Sergipe – processo 0005511-67.2007.4.05.8500 (Acusado de envolvimento com a máfia das ambulâncias),
TRF-1 Seção Judiciária de Mato Grosso – processo 0015233-58.2008.4.01.3600
– É alvo de medidas investigatórias referentes à máfia das ambulâncias e conduzidas pelo Ministério Público Federal.
O TRE reprovou as prestações de contas do PL referentes aos exercícios financeiros de 2003 e de 2005, quando o parlamentar era dirigente do partido em nível regional:
TRE-SE – processo 34792.2004.625.0000,
TRE-SE – processo 438664.2006.625.0000

2 – Vitor Paulo Araújo dos Santos – PRB/RJ
STF – processo 592 – É réu em ação penal movida pelo Ministério Público por crimes eleitorais.

3 – Antonio Carlos Martins de Bulhões – PRB/SP
STF – inquérito 2930/ 2010 – É alvo de inquérito que apura peculato.
TRF-3 Seção Judiciária de São Paulo – Processo 0044601-82.2002.4.03.6182 – É alvo de ação de execução fiscal movida pela Fazenda Nacional.
TRF-3 Seção Judiciária de São Paulo – Inquérito 0005062-78.2003.4.03.6181 – É alvo de inquérito que apura apropriação indébita e crimes contra o patrimônio.

4 – Jhonatan Pereira de Jesus – PRB/RR
TRE-RR – processo 229176.2010.623.0000 – Teve reprovada a prestação de contas referente às eleições de 2010.

Igreja Do Evangelho Quadrangular
1 – Jefferson Alves de Campos – PSB/SP
TRF-1 Seção Judiciária do Distrito Federal – processo 0031294-51.2004.4.01.3400 – É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal.
É alvo de ações de improbidade administrativa movidas pelo MPF por envolvimento com a máfia das ambulâncias:
TRF-3 Seção Judiciária de São Paulo – processo 0004928-22.2011.4.03.6100, TRF-3 Subseção Judiciária de Santos – processo 0000249-06.2007.4.03.6104

2 – Mário de Oliveira – PSC/MG
TRE-MG – Processo 60069.2011.613.0000 – É alvo de inquérito que apura crime eleitoral.
STF – inquérito 2727 – É alvo de inquérito que apura crimes de responsabilidade, contra a ordem tributária e previstos na lei de licitações, além de formação de quadrilha, falsidade ideológica, estelionato e lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores.

3 – Josué Bengtson – PTB/PA
TRF-1 Seção Judiciária do Pará – rocesso 3733-02.2007.4.01.3900 – É alvo de ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal.
TRF-1 Seção Judiciária de Mato Grosso – processo 0004032-69.2008.4.01.3600 – Acusado de envolvimento com a máfia das ambulâncias, é alvo de medidas investigatórias conduzidas pelo MPF por crimes previstos na lei de licitações.

Igreja Internacional da Graça
1- Rodrigo Moreira Ladeira Grilo – PSL/MG
2 – Jorge Tadeu Mudalen – DEM/SP
TRF-1 Seção Judiciária do Distrito Federal – Processo 0031294-51.2004.4.01.3400 – É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal.

Igreja Mundial do Poder de Deus
1 – José Olímpio Silveira Moraes (missionário José Olímpio) – PP/SP
TJ-SP Comarca de São Paulo – Processo 0424086-16.1997.8.26.0053 – É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual.
TJ-SP Comarca de Itu – processo 286.01.2009.514728-4 – É alvo de ação de execução fiscal movida pelo município de Itu.

2 – Francisco Floriano de Souza Silva – PR/RJ
TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo 0139394-68.2010.8.19.0001 – É réu em ação penal movida pelo Ministério Público Estadual por lesão corporal decorrente de violência doméstica.

Igreja Metodista
1 – Walney Da Rocha Carvalho – PTB/RJ
STF – Processo 627 – É alvo de ação penal movida pelo Ministério Público Federal por corrupção passiva.
TRE-RJ – Processo nº 197118.2002.619.0000 – Teve reprovada prestação de contas referente às eleições de 2002.
É alvo de ações de execução fiscal movidas pelo município de Nova Iguaçu e pela Fazenda Nacional — por exemplo: TRF-2 Seção Judiciária do Rio de Janeiro – processo 0000562-61.2010.4.02.5110, TJ-RJ Comarca de Nova Iguaçu – processo 0112599-45.2009.8.19.0038, TJ-RJ Comarca de Nova Iguaçu – processo 0083231-88.2009.8.19.0038

2 – Áureo Lidio Moreira Ribeiro – PRTB/RJ
É alvo de ações de execução fiscal movidas pela Fazenda Nacional e pelo município de Duque de Caxias:
TRF-2 Seção Judiciária do Rio de Janeiro – processo 0000153-61.2005.4.02.5110,
TJ-RJ Comarca de Duque de Caxias – Processo nº 0005413-58.2002.8.19.0021.

Igreja Nova Vida
1 – Washington Reis de Oliveira – PMDB/RJ
STF – processo 618 – É alvo de ação penal movida pelo Ministério Público Federal por crimes contra o meio ambiente e o patrimônio genético e formação de quadrilha.
STF – inquérito 3192 – É alvo de inquérito que apura crimes eleitorais. É alvo de ações civis públicas, inclusive de improbidade administrativa, movidas pelo Ministério Público:
TRF-2 Seção Judiciária do Rio de Janeiro – Processo 0007523-23.2007.4.02.5110, TRF-2 Seção Judiciária do Rio de Janeiro – processo 0008324-65.2009.4.02.5110, TRF-2 Seção Judiciária do Rio de Janeiro – Processo 0003813-92.2007.4.02.5110 (Foi condenado por improbidade administrativa, pois não houve divulgação de recursos recebidos pela prefeitura de Duque de Caxias. A Justiça determinou a suspensão dos direitos políticos, a proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios/ incentivos fiscais ou creditícios e o pagamento de multa).
É alvo de ações de execução fiscal movidas pela Fazenda Nacional e pelo município de Duque de Caxias — por exemplo:TRF-2 Seção Judiciária do Rio de Janeiro – processo 0004113-83.2009.4.02.5110, TRF-2 Seção Judiciária do Rio de Janeiro – processo 0004857-78.2009.4.02.5110, TJ-RJ Comarca de Duque de Caxias – processo 0223580-32.2008.8.19.0021, TJ-RJ Comarca de Duque de Caxias – processo 0223582-02.2008.8.19.0021, TRE-RJ – processo 386718.2010.619.0000
– É alvo de ação de investigação judicial movida pelo Ministério Público Eleitoral por abuso de poder econômico. TRE-RJ – processo 772.2011.619.0000
- É alvo de representação movida pelo MPE por captação ou gasto ilícito de recursos financeiros de campanha eleitoral. TRE-RJ – Processo 674343.2010.619.0000
- É alvo de representação movida pelo MPE por conduta vedada a agente público. TCE-RJ detectou irregularidades e emitiu pareceres contrários à aprovação das contas referentes à administração financeira da prefeitura de Duque de Caxias: TCE-RJ – Processo 203.163-8/10. TCE-RJ – processo 206.291.7/09

Igreja Cristã Evangélica
1 – Iris de Araújo Resende Machado – PMDB/GO
TRE-GO – Processo nº 999423170.2006.609.0000 – Teve rejeitada prestação de contas referente às eleições de 2006.

Congregação Cristã no Brasil
1 – Bruna Dias Furlan – PSDB/SP
É alvo de representações movidas pelo Ministério Público Eleitoral por conduta vedada a agentes públicos: TRE-SP – processo 15170.2010.626.0199, TRE-SP – processo 1949115.2010.626.0000

Igreja Sara Nossa Terra
1 – Eduardo Cosentino da Cunha – PMDB/RJ
STF – inquérito 2984/ 2010 – É alvo de inquérito que apura uso de documento falso. STF – inquérito 3056
– É alvo de inquérito que apura crimes contra a ordem tributária. TRF-1 Seção Judiciária do Distrito Federal – processo 0031294-51.2004.4.01.3400
– É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal. TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo 0026321-60.2006.8.19.0001
- É alvo de ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual. TRE-RJ – processo 59664.2011.619.0000
– Alvo de representação movida pelo Ministério Público Eleitoral por captação ilícita de sufrágio. TRE-RJ – processo 9488.2010.619.0153
– Alvo de ação de investigação judicial eleitoral movida pelo MPE por abuso de poder econômico. TSE – processo 707/2007
– Alvo de recurso contra expedição de diploma apresentado pelo MPE por captação ilícita de sufrágio.

Com informações do site catolicas.org.br

Ministério Público lista recomendações sobre uso do auditório Araújo Vianna

De: Zero Hora

Município terá 10 dias úteis, após receber notificação, para apresentar quais medidas tomará


Diante de possíveis irregularidades no uso do auditório Araújo Vianna, o Ministério Público de Contas (MPC) e a Procuradoria de Defesa do Patrimônio do Ministério Público fizeram recomendações à prefeitura de Porto Alegre.


No documento, os órgãos apontam suposto descumprimento de cláusulas do termo de permissão de uso do espaço, firmado entre a Secretaria Municipal de Cultura e aOpus Promoções.

As recomendações incluem a adoção de providências em relação à empresa, como impedir a utilização do auditório para atividades expressamente vedadas — como políticas e sindicais, por exemplo —, fiscalizar o uso correto da nomenclatura tombada pelo patrimônio histórico e cultural, e compartilhar a ocupação das salas.

Outra sugestão é que o município instaure procedimento administrativo para apurar responsabilidades sobre o descumprimento do termo e que, até isso ocorrer, não faça qualquer pagamento à empresa por manutenção, conservação, limpeza, segurança interna e externa, entre outros.

Também é citada no documento a recomendação para que se observe a reserva mínima de datas para a realização de eventos para atividades da prefeitura, incluindo-se finais de semana — e dando a devida publicidade, cumprindo os princípios da finalidade pública e da supremacia do interesse público sobre o particular.

Os órgãos ressaltam, ainda, que o não cumprimento de qualquer um dos itens recomendados configurará atos de improbidade administrativa, bem como irregularidade passível de parecer pela rejeição das contas, inclusive com ingresso de ações judiciais.


Município terá 10 dias úteis, após receber notificação, para apresentar quais medidas tomará


Em julho, uma representação encaminhada pela vereadora Sofia Cavedon (PT) apontou que a administração do local descumpre o contrato firmado entre o poder público e a empresa em 2007, que garantiu a reforma do auditório em troca da autorização de uso pela Opus. O documento indica que o espaço estaria sendo alugado indevidamente a outros empreendimentos e oferecendo menos atrações públicas do que o previsto.


O município terá 10 dias úteis, a partir do recebimento das recomendações, para apresentar que medidas administrativas serão determinadas para atender as sugestões.

Nenhum representante da prefeitura foi localizado na noite de quarta-feira para comentar o assunto. Em julho, no entanto, o secretário municipal de Cultura, Roque Jacoby, disse que o acordo com a Opus permitiu a reforma e reabertura do auditório após sete anos fechado. Na época, no entanto, ele frisou que, em vez dos cerca de R$ 7 milhões previstos, teriam sido gastos R$ 18 milhões pela empresa. 

Representantes da Opus também não foram localizados pela reportagem. Em julho, a empresa disse que não se manifestaria sobre o assunto por não ter recebido nenhuma notificação oficial.

Mitos econômicos brasileiros #2: “O Brasil tem uma carga tributária muito elevada”

Os “arautos da carga tributária” mais bem informados podem até reconhecer que é bobagem dizer que o brasileiro é quem mais paga impostos no mundo. Mas, ainda assim, poderão objetar que se trata de uma carga extremamente elevada, semelhante à do Reino Unido (35,2%) e bem maior que a de Canadá (30,7%) e Suíça (28,2%), que, diferentemente do Brasil, têm  excelente provisão de serviços públicos e seguridade social.
Certo. É verdade que muita gente paga muito imposto no Brasil, especialmente os assalariados (essa discussão merece ser feita, mas é outro debate). Mas fazer uma comparação usando apenas um único parâmetro, o de Carga Tributária Bruta (CTB) simplifica as coisas: dá a impressão de que Tributos = Dinheiro do Estado. Na realidade, as coisas não são bem assim. Um debate mal feito leva a políticas mal feitas. O “truque” está no uso disseminado e exclusivo do conceito de CTB, ou seja, total de impostos dividido pelo PIB.
Só que nem todo o dinheiro arrecadado pelo Estado fica com ele. Para fazer uma comparação justa dos países ricos com o Brasil (ou com qualquer país) é preciso ver efetivamente o quanto fica com o Estado.
Acontece que, do total “bruto” recolhido dos impostos pelo Estado, parte é redistribuída diretamente para o cidadão, na forma de transferências obrigatórias (aposentadorias, pensões, assistência e programas de renda mínima) e subsídios (financiamento habitacional, da produção industrial e agrícola, por exemplo), e não entra efetivamente na “caixa preta”.
Ao subtrair essas transferências e subsídios do total de tributos arrecadados pelo poder público temos a “carga tributária líquida” (CTL). O conceito é bastante útil para a análise. A CTL é a quantidade de recursos que efetivamente fica com União, estados e municípios para prover serviços públicos, investir em infraestrutura, defesa, manter a máquina, pagar juros etc.. Comparações com outros países usando esse conceito dão um ponto de partida melhor para debates sobre a eficiência do Estado.
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Quando se trabalha com o conceito de CTL, o quadro brasileiro parece bem menos assustador: a carga tributária líquida do Brasil em 2012 vai de 35,85% para 19,82%. Mais: em comparação com o ano passado, a carga tributária líquida na verdade caiu (-1,74%) em relação ao ano anterior. Entre 2002 e 2012, a carga tributária líquida ficou praticamente estável, variando entre 17,28%, em 2003, e 20,17%, em 2011. Na média do período, a CTL ficou em 19,96% ao ano.
Na comparação com outros países, o Brasil “cai pelas tabelas”. No levantamento feito em 2008 (referente a 2007) pelo IPEA, entre 18 países, o país tinha a 10ª maior carga tributária bruta da lista, mas a 13ª carga tributária líquida.
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Ainda assim, vendo o Brasil na 13ª posição não parece convincente (já que se esquece que é uma lista com 18 países). Mas quando outros países são incluídos na comparação, a carga tributária no Brasil já não parece ser tão alta. De acordo com dados de 2011 do Banco Mundial, ao se excluir da carga tributária transferências obrigatórias (como pensões e multas), o Brasil aparece na 59ª posição, entre 104 países, ficando muito próximo da média mundial e atrás de países como Chile, Uruguai e África do Sul, além, claro, de muitos países desenvolvidos (clique no gráfico abaixo para ampliar).
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Ao contrário de muitos países emergentes, o Brasil tem um sistema universal de aposentadoria, o que é sistematicamente ignorado nos noticiários sobre impostos e “carga tributária”. E mais: diferentemente de muitos desses países e até mesmo dos EUA, o Brasil também possui um sistema público universal e gratuito de saúde, o SUS (embora, claro, não tenha a qualidade do sistema de países europeus) e, diferentemente de países como o Chile, o país oferece educação pública e gratuita, embora a qualidade em geral seja muito ruim. Mas isso explica em grande parte por que a carga continua sendo mais elevada que outros países emergentes que não possuem tal sistema de serviços públicos.

"La Cucaracha", com Lila Downs, em homenagem ao Presidente Mujica

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Parabéns, Jesus Cristo, Attis, Mitra, Horus, Hércules e Dionísio; pelo seu aniversário


(Sei que o ano é 1 e não tem crase - vamos debater o TEXTO)
Para os que vão chegar com a refutação hilária que diz que o calendário foi feito depois, ou que "todos sabem" que a bíblia não diz a data de nascimento de Jesus e que a data foi escolhida depois já "cristianizando" uma data pagã. Já respondo aqui.:

Muitos deuses solares tinham sua data de nascimento no final do solstício de inverno, que termina +- em 25 de Dezembro ( houve um erro de cálculo em certo momento da história, o correto seria 21). 
Vamos explicar em detalhes: Do Solstício de Verão ao Solstício de Inverno, os dias tornam-se mais curtos frios.
Na perspectiva de quem está no hemisfério Norte, o Sol parece se mover para o sul aparentando ficar pequeno e fraco, o encurtar dos dias e o fim das colheitas conforme se aproxima o Solstício de Inverno simbolizando a morte, para os mais antigos. Era a morte do Sol.
Pelo 22 º dia de Dezembro, o falecimento do Sol estava completamente realizado. O Sol, tendo-se movido continuamente para o sul durante 6 meses, faz com que atinja o seu ponto mais baixo no céu. Aqui ocorre algo curioso, o sol deixa, aparentemente, de se movimentar para o sul, durante 3 dias. (22, 23, 24).
Durante estes 3 dias de pausa, o Sol reside mas redondezas das constelações de Alpha Crucis ou mais conhecido como Cruzeiro do Sul e Constelação de Crux. Depois deste período, no dia 25 de Dezembro, o Sol move-se 1 grau, desta vez para o norte, perspectivando dias maiores, calor, e a Primavera. E assim se diz: que o Sol morreu na Cruz (Constelação de Crux).

Esteve morto por 3 dias, apenas para ressuscitar ou nascer uma vez mais. Esta é a razão pela qual Jesus e muitos outros Deuses do Sol partilham a idéia da crucificação, morte de 3 dias e o conceito de ressurreição.

É o período de transição do Sol antes de mudar na direção contrária no Hemisfério Norte, trazendo a Primavera e assim a salvação.

Pra o religioso refutar isso, acho que ele vai ter que mudar a terra, o sol ou as estrelas de lugar, pois a prova está no céu e pode ser confirmada por qualquer um a qualquer momento.

A outra saída dos religiosos é finalmente admitir que a data de nascimento de Jesus foi uma data pagã mesmo escolhida pela igreja católica/império romano. E aí usa isso como refutação. Admite uma parte do "plágio" porque temos provas do mesmo. e esquece-se do resto. A páscoa, carnaval, festas juninas, pão= carne=trigo= corpo do deus, sermão da montanha, vários ensinamentos, milagres e o mais claro de todos: A RESSURREIÇÃO: Leiam de novo a explicação do solstício e notem que o sol "esteve morto" por 3 dias e depois renasce. E quando é que ocorre um outro fenômeno parecido? NA PÁSCOA!! o equinócio ocorre na páscoa, exatamente quando o "mito solar" morre por 3 dias e ressuscita. Quer algo mais claro que isto?

Cadê as provas da ressurreição? são os testemunhos bíblicos? altamente contraditórios entre si e pior, com os "grandes fatos" ( trevas, terremotos e invasão de "zumbis de santos" na cidade) não conhecidos pelos 40 historiadores da época?
Se a ressurreição de Jesus tem ENORMES indícios de mais um plágio do paganismo, não tem referências históricas e é a ÚNICA* prova de que ele poderia ser um "Deus", precisamos ficar debatendo se o "homem" existiu historicamente?

* Os outros milagres de jesus são facilmente forjados por pastores até os dias de hoje, e milhares acreditam piamente. Imagina naqueles tempos e depois de a bíblia ter sido escrita do boato-do boato-do boato por pessoas "crentes"? Aliás, até uma morte e ressurreição com 3 dias pode ser forjada. Principalmente naquela época...

Te lo digo, te lo canto: fuera Monsanto. Manu Chao

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Natal dos céticos


É difícil ser cético no período de Natal. Como explicar que lembrar o natal como nascimento de Jesus ou chegada do Papai Noel é indiferente para um cético? Onde a maioria das pessoas à nossa volta vê um símbolo sagrado e a personificação da generosidade, eu vejo dois mitos.
O Natal é o período em que grande parte das pessoas marca data para confraternizar, perdoar, pedir perdão, enfim.... fazer tudo aquilo que não está acostumada a fazer em outros períodos e que, muitas vezes, não faz depois do Natal. 
Junto com isso, dê-lhe festa, comilança, beberagem... tudo em nome da paz, do amor, da amizade e dessas coisas todas. As angústias dos anguistiados aumentam, as esperanças dos esperançosos aumentam, as saudades dos que estão distantes aumentam. Tudo ajudado pela programação televisiva e outros apelos ao consumo e ao sentimentalismo.
Enfim, é Natal.
Céticos ou não, estamos imersos na realidade cultural de nosso tempo, assim, o que nos resta é participar, ainda que moderadamente do festival. O problema é que é difícil aceitar a moderação. Tudo tem que ser em doses cavalares. É preciso estar muito feliz, é preciso dar muitos presentes, é preciso encontrar a família de qualquer jeito. Não pode ser a semana que vem, ou na semana anterior. Tem que ser no Natal. Mesmo que os preços depois do Natal baixem, as passagens fiquem mais baratas, o trânsito fique mais leve, as linhas telefônicas fiquem desobstruídas...
Enfim, é Natal. Se você não gosta de tudo isso, azar o seu. E, no fim das contas, nem tudo é tão ruim, mesmo para um ranzinza.

O Natal, o Papai Noel e a Coca Cola

Com o passar do tempo o verdadeiro espírito do natal, apesar de ninguém saber explicar o que realmente significa (e quem pode culpar-nos?), foi ofuscado pela figura do Papai Noel que, por sua vez, foi ofuscada por um refrigerante e, mais tarde, por ursos polares. A mídia tem tanto poder que é capaz de mudar conceitos e driblar propósitos. É o que evidentemente acontece, há anos, com o natal.
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Na minha família, o natal sempre foi celebrado à velha moda cristã. Um tanto previsível, porquanto íamos à igreja orar, celebrar o nascimento de Jesus Cristo, assistir à cantata de natal, abraçar os amigos. Depois voltávamos para casa, que nos esperava com um reconfortante clima acolhedor e festivo. Era o natal em seu lugar-comum, mas exatamente como aprendemos que deveria ser.
Havia um sentimento de cumplicidade em partilhar do “espírito natalino”, como dizem, seja lá o que isso for. Talvez uma sensação mútua de contentamento, religiosamente acalentada. E ainda apetece-me ter a família reunida com essa porção de pormenores típicos do natal: sorrisos estampados nos rostos, abraços apertados, gentilezas trocadas, toalha de mesa endireitada, comida e estórias partilhadas.
Mas o tempo passa e a cada dia o natal é cada vez mais uma fúria consumista absolutamente impiedosa. Antes se ouvia a música metálica dos sinos, hoje se ouve o som frenético das máquinas de cartão de crédito. Sai de cena o Cristo, entra o senhor bonachão de calças vermelhas. Se o filho de Deus não mais é lembrado, de Papai Noel muito se fala.
Mas não de maneira a fazer justiça ao personagem - inspirado originalmente em um homem simples, com uma vida e uma estória simples, nada tendo a ver com o sistema capitalista que o transformou em símbolo e que, por sua vez, transformou o natal em um evento elitista.
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A lenda do Papai Noel (Pai Natal em Portugal) é inspirada no arcebispo São Nicolau Taumaturgo, que viveu na Turquia no século IV. Ele tinha o costume de ajudar os necessitados depositando um pequeno saco com moedas de ouro, entrando nas casas pela lareira. Durante o inverno, resgatava crianças pobres de rua dando-lhes roupa e alimento. Famoso pela generosidade, a ele foram atribuídos diversos atos considerados milagrosos.
Seus fiéis, então, passaram a imitá-lo, principalmente em época de frio. Daí o surgimento da figura do Papai Noel e a explicação para muitas pessoas serem tomadas por um ímpeto de solidariedade em véspera do natal.
Entrementes, o sentimento que inspirou a estória, que mostra o melhor do ser humano, desapareceu quase por completo e o que prevaleceu foi uma sede de consumo e um sentimento de obrigatoriedade para saciar essa sede. E esse bom velhinho, inspirado em generosidade e doação, virou a insígnia do capitalismo.
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Antigamente não havia uma imagem unânime do Papai Noel. Ele era ilustrado de muitas maneiras, com traços e estilos variados. Algumas figuras eram de um homem magro, muito mais reservado do que este sorridente Noel que conhecemos. Em alguns países era retratado com vestes episcopais, geralmente na cor verde, combinando com tons sóbrios.
Por volta de 1886, um famoso cartunista alemão, Thomas Nast, desenhou o Papai Noel com uma roupagem de inverno na cor vermelha, tal como o conhecemos hoje. A ilustração foi feita para a revista norte-americana Harper’s Weeklys. Ao contrário do que muitos pensam, as cores da roupa do papai Noel nada têm a ver com a marca Coca-Cola. Aliás, a Coca-Cola nunca foi detentora do Papai Noel, muito menos o criou. Mas tem um poderoso mérito no processo de concretização da figura natalina, tal como a conhecemos hoje.
Aconteceu que durante muito tempo a Coca-Cola viu as vendas da bebida diminuírem consideravelmente durante o inverno, causando grande prejuízo para a marca. Já em 1931, a empresa decidiu reverter esse quadro, executando uma das mais famosas e impactantes campanhas publicitárias até hoje conhecidas. Com esse objetivo, o ilustrador Haddon Sundblom foi contratado pela empresa para uma releitura do personagem natalino. “Uma pausa refrescante” seria o slogan. E deu certo. A campanha, que propôs o Papai Noel bebendo o refrigerante, alavancou as vendas da Coca-Cola durante o inverno e perpetuou a imagem do bom velhinho.
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Esse novo visual mais encorpado do Papai Noel, um senhor rechonchudo e bonachão, do jeito que conhecemos, foi curiosamente inspirado no vizinho aposentado de Sundblom. A nova imagem espalhou-se rapidamente mundo afora, fazendo imenso sucesso.
Sundblom foi responsável pela propaganda natalina da Coca-Cola até o ano de 1964. Ele morreu em 1976 – e confessou à revista Rolling Stone que nunca gostou do sabor do famoso refrigerante.
Antes da Coca-Cola, no entanto, a figura do Papai Noel já era usada para algumas propagandas, mas foi a referida campanha da marca, em 1931 – com Sundblom – que deu a largada para que o Papai Noel fosse, de fato, transformado do generoso bom velhinho para um senhor efusivo que promove não o espírito de natal, mas sim o de consumo. Mas quem pode culpar o velhinho? E Papai Noel continua rindo de tudo isso. E ri com tanto entusiasmo que parece saber que não haveria mesmo jeito nenhum de acertar as coisas por aqui.
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De: Obvious

Dirceu é dono da Abril, Globo, Eduardo Paes, hotel St Peter e fez lobby pro trensalão!

Miguel do Rosário, no Tijolaçooscar
Hoje em dia é melhor não arriscar. Então eu aviso logo. O título é ironia.
A nova investida da mídia contra José Dirceu, que descobriu que o ex-ministro, já como advogado privado e tentando ganhar a vida longe do governo, abriu uma empresa no Panamá, é simplesmente cansativa. Depois que foi revelado que o Saint Peter, o hotel onde Dirceu iria trabalhar, tinha uma empresa no Panamá, descobriu-se que a Globo também tinha, o grupo Abril também tinha, e a família do prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes também tinha. Todos esses, com exceção da Globo, que usou outra firma, operaram com a mesma empresa do hotel Saint Peter, a Truston.
A Morgan & Morgan, que todo mundo usa, é a maior firma do Panamá. A maioria dos brasileiros que abre uma firma nesse paraíso fiscal utiliza os serviços dela.
Ontem eu descobri, e publiquei aqui no Tijolaço, que Jorge Fagali Neto, amigo de Aloysio Nunes, importante quadro do PSDB-SP, e um dos homens do “trensalão”, era representante de uma empresa no Panamá que também usou os serviços da Truston; mais ainda, usou o mesmo funcionário, o famigerado José Eugenio Silva Ritter, usado pelo hotel St Peter.
Ou seja, o problema não é ter empresa no Panamá, que não é ilegal. O problema é a imprensa brasileira se concentrar apenas no que pode atingir José Dirceu. Custava informar aos leitores que Globo, Abril, família Paes e tucanos também tem empresas no Panamá, a maioria usando o mesmo endereço da Truston? E que Dirceu não é dono disso tudo?