em Urban Art por Vasco Neves
Alice Pasquini, ou Alicè é uma lufada de ar fresco na arte urbana. Talvez por trabalhar em áreas diferentes, embora complementares, como o design, a pintura e a cenografia, tenha a capacidade de apreender o mundo de uma maneira mais sensorial. A sua temática é diferente daquelas a que nos habituaram os artistas deste género. Aqui não se pintam sentimentos negativos, nem rabiscos imperceptíveis, que pouco contribuem para melhorar o espaço onde está inserido.
A artista gosta de pintar as pessoas e a maneira como estas se
relacionam entre si, dos seus sentimentos humanos mais nobres, como
amor, felicidade, amizade, inocência. Numa forma de arte ainda muito
associado aos homens, Alicé tem uma particular predilecção para a
representação de mulheres fortes, autónomas e independentes.
Actualmente a sua residência é em Roma, e é na Itália que cria grande
parte da sua arte, e onde expões em galerias. Tem o seu trabalho
espalhado pelo mundo inteiro, embora com principal incidência na Europa.
O facto de já ter vivido no Reino Unido, França, e Espanha confere-lhe
um conhecimento mais profundo das diferentes sociedades europeias.
Mas é em Roma com seu M.U.R.O (Museo Urban di Roma, o museu de arte
urbana de Roma), contribuem para a utilização da rua como fonte
primordial de exposições urbanas de Alicè, torna a arte acessível a toda
a gente, sem filas, sem bilhete, mas com muita beleza.
A sua obra é bastante variada, seja na cor ou na temática. Possui elementos que atraem aspessoas, criando uma empatia com a sua obra, e é nas pessoas reais que reside a sua fonte de inspiração.
Como artista multifacetada que é, já teve inúmeros convites para a
participação em projectos de ilustração e design gráfico, de onde se
destaca a novela gráfica “vertigine ed rizzoli”.
Usa todos os tipos de tela urbana, como fachadas de casas, muros,
portas e portões, mas também a parte de trás de sinais de trânsito,
bancos de jardim, caixas de luz. Podemos ser surpreendidos numa esquina
com um mural de grandes dimensões, ou então com um caixote do lixo
decorado de uma forma soberba. Exemplo perfeito da função da arte
enquanto elemento de enriquecimento urbano.
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