sábado, 23 de junho de 2012

Agenda ambiental deve derrotar “lógica do capital”, diz Maria do Rosário

19/JUN/12 -  Rio+20: Agenda ambiental deve derrotar “lógica do capital”, diz Maria do Rosário


Foto: Roberto Homem
Não é possível cumprirmos questões ambientais sem derrotarmos a lógica do capital, sem incluirmos a questão da inclusão social e da superação da extrema pobreza como questão de direitos humanos. Saneamento, urbanização, sustentabilidade, não podem excluir os direitos humanos. A afirmação é da ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), durante sua participação no painel de debate “Direitos Humanos e Desenvolvimento Social”, na Arena Socioambiental, dentro das atividades da Rio + 20.
De acordo com a ministra, o desenvolvimento sustentável no Brasil deve passar pela integração com a agenda de direitos humanos. “A agenda de direitos humanos no Brasil e no Mundo deve englobar conceitos de justiça social, transparência e democracia. Os países não devem se pautar somente pela agenda dos mercados e das guerras que estão cada vez mais presentes. Questões relacionadas à cooperação devem contagiar os governantes dos estados brasileiros, bem como os chefes de Estado em todo o mundo”, destacou.
Rosário legitimou as críticas dos movimentos sociais ao modelo de crescimento econômico mundial e disse que isso poderá mudar se as questões de direitos humanos forem incluídas na pauta. “É justo que os movimentos sociais estabeleçam posições críticas. Um movimento social que se acomoda perante o Estado não produzirá os avanços necessários. Diálogo sobre gênero e superação de pobreza devem ficar no centro do debate”, defendeu.
Ao falar da questão de gênero, a ministra afirmou que "se as mulheres tivessem a mesma equidade na participação da produção que os homens, haveria uma redução drástica na marca da pobreza e o número de mortes por fome em todo o mundo".
Matriz energética – A matriz energética limpa do Brasil, segundo Rosário, é a principal demonstração de que a agenda de direitos humanos e meio ambiente possui uma nova concepção sobre os recursos naturais. Segundo ela, apesar de temos 46% da energia brasileira renovável, ainda há um longo caminho a ser percorrido para a efetiva preservação ambiental. “Temos que nos orgulhar disso, mas temos grandes tarefas à frente”, declarou.

Assessoria de Comunicação Social
 

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