sábado, 16 de fevereiro de 2013

Vítimas de exploração sexual de Altamira-PA estão sendo atendidas pela Secretaria de Direitos Humanos

14/FEV/13 - Vitimas de exploração sexual de Altamira-PA estão sendo atendidas pela Secretaria de Direitos Humanos
Foto: Repórter Brasil
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), por meio de sua Ouvidoria e do Centro de Referencia em Direitos Humanos de Altamira, acompanha desde a noite desta quarta-feira (13) a operação da Polícia Civil e do Conselho Tutelar do município paraense, que encontrou 14 mulheres e uma travesti em situação de escravidão e cárcere privado, em dois prostíbulos da região.
 
A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, conversou nesta quinta-feira (14), por telefone, com a conselheira tutelar que recebeu a denúncia, Lucenilda Lima, e com o delegado responsável pela operação, Rodrigo Spessato,  para obter todas as informações referente ao caso, que foi denunciado por uma adolescente de 16 anos, que também era explorada sexualmente no local. 
Durante a conversa, a ministra parabenizou a ação imediata do Conselho Tutelar e da Polícia Civil da região, que foi determinante para a agilidade na libertação das mulheres, e ofereceu apoio e proteção à conselheira, caso ela venha sofrer qualquer tipo de ameaça no decorrer das investigações. 
A Ouvidoria e o Centro de Referência da SDH na região já iniciaram o atendimento a todas as vítimas, garantindo acolhimento e atendimento psicológico, em especial à  adolescente que denunciou o caso. Assim que foram libertadas,  todas as vítimas foram encaminhas para um local seguro. A SDH vai viabilizar a retirada imediata das mulheres do local e monitorar os desdobramentos do caso. 
 
Operação  - A operação da Polícia Civil de Altamira (PA)  foi realizada na noite desta quarta (13), após denúncia de uma garota de 16 anos, que conseguiu fugir. A adolescente procurou a conselheira do Conselho Tutelar, Lucenilda Lima, que acionou a polícia. De acordo com o delegado Rodrigo Spessato, as mulheres eram confinadas em pequenos quartos sem janelas e ventilação, com apenas uma cama de casal. Cadeados do lado de fora trancavam as portas Elas tinham entre 18 e 20 anos – além da jovem de 16, e eram provenientes do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. De acordo com o delegado, em depoimentos, as vítimas afirmaram que podiam ir à cidade de Altamira uma vez por semana, por uma hora, mas eram vigiadas pelos funcionários da boate.
 
Ouvidoria – Com o objetivo de apoiar vítimas de violações de Direitos Humanos, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República mantem em Altamira uma unidade da Ouvidoria de Direitos Humanos, que funciona na Casa de Governo, do Governo Federal. Na região, também funciona um Centro de Referencia em Direitos Humanos e o uma equipe do PAIR (Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à Exploração Sexual Infanto/Juvenil) que atua no combate à violência sexual de crianças e adolescentes.
 

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