Foto: Repórter Brasil |
A Secretaria de Direitos
Humanos da Presidência da República (SDH/PR), por meio de sua Ouvidoria e
do Centro de Referencia em Direitos Humanos de Altamira, acompanha
desde a noite desta quarta-feira (13) a operação da Polícia Civil e do
Conselho Tutelar do município paraense, que encontrou 14 mulheres e uma
travesti em situação de escravidão e cárcere privado, em dois
prostíbulos da região.
A
ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, conversou nesta
quinta-feira (14), por telefone, com a conselheira tutelar que recebeu a
denúncia, Lucenilda Lima, e com o delegado responsável pela operação,
Rodrigo Spessato, para obter todas as informações referente ao caso,
que foi denunciado por uma adolescente de 16 anos, que também era
explorada sexualmente no local.
Durante
a conversa, a ministra parabenizou a ação imediata do Conselho Tutelar e
da Polícia Civil da região, que foi determinante para a agilidade na
libertação das mulheres, e ofereceu apoio e proteção à conselheira, caso
ela venha sofrer qualquer tipo de ameaça no decorrer das
investigações.
A
Ouvidoria e o Centro de Referência da SDH na região já iniciaram o
atendimento a todas as vítimas, garantindo acolhimento e atendimento
psicológico, em especial à adolescente que denunciou o caso. Assim que
foram libertadas, todas as vítimas foram encaminhas para um local
seguro. A SDH vai viabilizar a retirada imediata das mulheres do local e
monitorar os desdobramentos do caso.
Operação
- A operação da Polícia Civil de Altamira (PA) foi realizada na noite
desta quarta (13), após denúncia de uma garota de 16 anos, que
conseguiu fugir. A adolescente procurou a conselheira do Conselho
Tutelar, Lucenilda Lima, que acionou a polícia. De acordo com o delegado
Rodrigo Spessato, as mulheres eram confinadas em pequenos quartos sem
janelas e ventilação, com apenas uma cama de casal. Cadeados do lado de
fora trancavam as portas Elas tinham entre 18 e 20 anos – além da jovem
de 16, e eram provenientes do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul. De acordo com o delegado, em depoimentos, as vítimas afirmaram que
podiam ir à cidade de Altamira uma vez por semana, por uma hora, mas
eram vigiadas pelos funcionários da boate.
Ouvidoria – Com
o objetivo de apoiar vítimas de violações de Direitos Humanos, a
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República mantem em
Altamira uma unidade da Ouvidoria de Direitos Humanos, que funciona na
Casa de Governo, do Governo Federal. Na região, também funciona um
Centro de Referencia em Direitos Humanos e o uma equipe do PAIR
(Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à
Exploração Sexual Infanto/Juvenil) que atua no combate à violência
sexual de crianças e adolescentes.
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