Ex-marido de Dilma aponta 'núcleo de tortura na Fiesp'
Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade em
Porto Alegre, o militante do PDT e ex-marido da presidente Dilma
Rousseff, Carlos Araújo, disse que empresários ligados à Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) "não só financiaram, mas
estimularam e assistiram às sessões de tortura" durante o regime
militar; segundo ele, essa "direita raivosa" ainda está integrada às
atividades da Fiesp
247 - Empresários ligados à Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) teriam financiado e até
participado de sessões de tortura durante a ditadura militar. A
revelação foi feita nesta segunda-feira pelo militante do PDT e
ex-marido da presidente Dilma Rousseff, Carlos Araújo, durante
depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em Porto Alegre.
Segundo Araújo, esses empresários "não só financiaram, mas
estimularam e assistiram às sessões de tortura". Militante da VPR, o
ex-marido de Dilma pediu que a comissão investigue o "núcleo de tortura
da Fiesp". "Não foram poucos os empresários que foram para as salas
estimular os torturadores e se envaidecer com a tortura dos nossos
companheiros", disse o ex-deputado
Apesar das denúncias, Araújo não citou nomes de empresários
envolvidos, nem disse se foi submetido a interrogatório diante de
integrantes da Fiesp. Contudo, o ex-militante do VPR disse que a
federação financiava a Operação Bandeirante (Oban) e, posteriormente, o
DOI-CODI. Ele disse ainda que considera relevante a investigação, porque
essa "direita raivosa" ainda está integrada às atividades da Fiesp.
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