Enviado por luisnassif
No começo os juízes eram deuses mudos, que
só falavam nos autos. Havia até uma certa predisposição da classe em ter
juízes que se expressassem politicamente. Na presidência do Supremo,
Gilmar Mendes exacerbou esse personalismo, com um comportamento mais
próximo de brigas políticas provincianas. Dava um arrepio de vergonha
cívica a cada manifestação sua.
Próximo presidente do STF, Joaquim Barbosa não fica atrás.
Juro: com todos os defeitos do país, do Judiciário, da mídia, da
blogosfera, não merecíamos um segundo Gilmar na presidência do STF. É
castigo demais.
Do Blog de Fernando Rodrigues
Fernando Rodrigues
Depois de protagonizar uma altercação com o ministro Ricardo
Lewandowski no primeiro dia do julgamento do mensalão, a quem acusou de
"deslealdade", agora o relator do caso no Supremo Tribunal Federal,
ministro Joaquim Barbosa, voltou suas baterias contra outro colega.
Numa nota oficial distribuída no início da noite de hoje
(3.ago.2012), Joaquim atacou o colega Marco Aurélio Mello. Eis a nota de
Joaquim:
"Em qualquer atividade humana, urbanidade e responsabilidade são
qualidades que não se excluem. Mas, às vezes, a urbanidade presta-se a
ocultar a falta de responsabilidade. A propósito, é com extrema
urbanidade que muitas vezes se praticam as mais sórdidas ações contra o
interesse público."
"Ministro Joaquim Barbosa"
"Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal"
"Ministro Joaquim Barbosa"
"Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal"
A nota de Joaquim se refere a uma declaração dada por Marco Aurélio a
respeito do primeiro dia do julgamento. Na sua declaração, Marco
Aurélio fala da "falta de urbanidade" de Joaquim:
"Não gostei [do primeiro dia], pela falta de urbanidade do relator.
Será que ele se arvora censor dos colegas? Fiquei pasmo, inclusive com
as adjetivações impróprias, em se tratando de colegas. Isso é muito
ruim, a instituição é que fica prejudicada. Espero que não haja novos
incidentes".
Marco Aurélio também se referiu ao fato de que Joaquim vai assumir a
presidência do STF até o final do ano, com a aposentadoria de Ayres
Britto: "Já me assusta o que poderemos ter em novembro. O presidente é
algodão entre cristais, não pode ser metal entre cristais".
As declarações de Joaquim contra Lewandowski e contra Marco Aurélio
são um prenúncio de como será o clima no STF daqui para a frente –não só
no julgamento do mensalão, mas durante todo o futuro mandato de dois de
Joaquim como presidente da Corte a partir de novembro próximo.
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