Trinta anos após sua morte, o poeta, escritor, compositor e diplomata Vinicius de Moraes (1913-1980) será promovido ao cargo de embaixador – ministro de primeira classe. A homenagem tenta reverter uma decisão tomada pela ditadura militar brasileira, que aposentou compulsoriamente o diplomata.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e várias autoridades prestarão a homenagem post mortem a Vinicius de Moraes, durante solenidade no Ministério das Relações Exteriores, marcada para esta segunda-feira (16).
Em 1968, Vinicius de Moraes foi aposentado por meio do Ato Institucional (AI) nº 5 sob a alegação de que seu comportamento boêmio não condizia com a carreira pública.Segundo amigos, na época, Vinicius não se conformou com a decisão e deixou claro ter ficado magoado. Por 26 anos, ele atuou na diplomacia brasileira, em geral em atividades burocráticas, servindo em Los Angeles (Estados Unidos), Paris (França) e Roma (Itália).
A aposentadoria de Vinicius foi publicada quando ele fazia um espetáculo em Lisboa (Portugal) com Chico Buarque de Hollanda e Nara Leão.
Para a homenagem, o Itamaraty pretende montar um cenário que lembre em cada detalhe o poeta consagrado não só pela genialidade nas criações, mas também pela admiração às mulheres. O compositor também ficou conhecido pelo seu senso de humor.
Poeta camarada
Amigo de poetas como Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, numa primeira fase, Vinicius fez uma série de parcerias ao longo da vida artística. Foi um dos precursores da bossa nova registrando uma das uniões mais bem-sucedidas na área musical: Vinicius e Tom Jobim.
No final da vida, o principal parceiro dele era Toquinho. Mas Vinicius também fez letras de chorinho em parcerias com Pixinguinha.
Crítico sagaz, boêmio e conquistador, Vinicius virou uma espécie de ícone dos intelectuais. Ele morreu em julho de 1980, depois de sentir dores durante a madrugada, em casa.
Do site Vermelho .
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