Autor: Fernando Brito, Tijolaço
O PSB, até agora, não resolveu fazer a sua “delação premiada” e informar à Justiça como Eduardo Campos e Marina Silva obtiveram o jato executivo que terminaria por matar o candidato do PSB no acidente do dia 13, em Santos.
O administrador financeiro da campanha e tesoureiro Renato Thièbaut comunicou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o próprio candidato geria pessoalmente as principais doações recebidas, informa o Correio Braziliense. Segundo ele, “o candidato geria algumas tratativas de sua campanha, em especial doações em valores estimáveis, sendo certo que detinha pessoalmente o controle, documentação e informações sobre as mesmas”.
Ou seja, é uma confissão de que o arranjo da compra do jatinho foi feito pessoalmente por Eduardo Campos, como aliás está claro desde que se divulgou, no dia seguinte ao acidente, que ele testou pessoalmente a aeronave dias antes da entrada do dinheiro de contas-fantasmas e de empresários na conta da AF Andrade, o grupo falido de usineiros paulistas a quem pertencia (ou pertence) a aeronave.
Thièbaut não é um simples contador.
Ele foi chefe de Gabinete de Eduardo Campos no Governo de Pernambuco e saiu com ele do governo para a campanha. É um personagem que tinha a confiança total do ex-governador, inclusive em negócios muito altos e pouco claros, como o que lhe vale uma investigação no Tribunal de Contas da União por possíveis desvios de recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia, sobre o qual o PSB mantinha, até o ano passado, controle total.
O PSB segue debochando da Justiça Eleitoral e da inteligência dos brasileiros.
Diz agora que os pilotos é que “anotavam” as horas de vôo, para depois fazer-se uma “conta de chegar” e declarar como doação.
Os pilotos eram contratados dos donos do avião?Ou do PSB?
“Bota aí que foi só meia hora voando”…
A única coisa verdadeira no que diz é que Eduardo Campos participou pessoalmente da compra do avião e sua entrega imediata para a campanha dele e de Marina.
O resto é “por fora”, sem documentos, contratos e responsabilidades.
Inclusive a de indenizar, que o irmão de Campos agora quer atirar sobre os cofres públicos.
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