Paulo Nogueira, Diário do Centro do Mundo
Num país em que rico não paga imposto, é com satisfação que vejo a
questão do novo IPTU em São Paulo.
Há uma lógica perfeita nos aumentos: ele é menor nas regiões mais
pobres e maior nas regiões mais afluentes.
Em algumas áreas, na verdade, o que houve foi uma redução. No
Parque do Carmo, por exemplo, o IPTU ficou 12% menor.
Isso se chama redistribuição de renda, e é algo de que São Paulo
precisa com urgência e em doses torrenciais.
Louve-se a coragem do prefeito Haddad, uma vez que a periferia não
tem voz na mídia, e a turma das áreas mais nobres já está batendo nele com seu
habitual egoísmo e completa falta de solidariedade.
Há um simbolismo na tabela de aumentos que merece aplausos.
Não é o primeiro episódio de escolha acertada de Haddad. Na
questão da mobilidade urbana, ele já optou pelos ônibus e não, como sempre
aconteceu em São Paulo, pelos carros.
Um ex-prefeito de Bogotá disse que um ônibus que passa em boa
velocidade enquanto um carro está no engarrafamento significa democracia.
Haddad parece seguir a mesma lógica ao aumentar as faixas
exclusivas de ônibus. Em breve, de tanto ver passar ônibus enquanto seu carro
não anda, muitos paulistanos mudarão de ideia sobre a melhor forma de se
locomover em São Paulo.
Há ainda uma longa caminhada até sabermos se Haddad será ou não um
bom prefeito. (Sabemos, com certeza, que prefeitos como Serra e Kassab foram
uma tragédia paulistana, com sua miopia, falta de visão e foco em quem já é
mimado demais.)
Mas Haddad parece saber para onde quer ir, como ficou claro no
caso do IPTU e da mobilidade urbana.
Na grande frase romana, vento nenhum ajuda quem não sabe para onde
ir. Haddad parece saber.
E esta é uma excelente notícia para os paulistanos.
Num país em que rico não paga imposto, é com satisfação que vejo a
questão do novo IPTU em São Paulo.
Há uma lógica perfeita nos aumentos: ele é menor nas regiões mais
pobres e maior nas regiões mais afluentes.
Em algumas áreas, na verdade, o que houve foi uma redução. No
Parque do Carmo, por exemplo, o IPTU ficou 12% menor.
Isso se chama redistribuição de renda, e é algo de que São Paulo
precisa com urgência e em doses torrenciais.
Louve-se a coragem do prefeito Haddad, uma vez que a periferia não
tem voz na mídia, e a turma das áreas mais nobres já está batendo nele com seu
habitual egoísmo e completa falta de solidariedade.
Há um simbolismo na tabela de aumentos que merece aplausos.
Não é o primeiro episódio de escolha acertada de Haddad. Na
questão da mobilidade urbana, ele já optou pelos ônibus e não, como sempre
aconteceu em São Paulo, pelos carros.
Um ex-prefeito de Bogotá disse que um ônibus que passa em boa
velocidade enquanto um carro está no engarrafamento significa democracia.
Haddad parece seguir a mesma lógica ao aumentar as faixas
exclusivas de ônibus. Em breve, de tanto ver passar ônibus enquanto seu carro
não anda, muitos paulistanos mudarão de ideia sobre a melhor forma de se
locomover em São Paulo.
Há ainda uma longa caminhada até sabermos se Haddad será ou não um
bom prefeito. (Sabemos, com certeza, que prefeitos como Serra e Kassab foram
uma tragédia paulistana, com sua miopia, falta de visão e foco em quem já é
mimado demais.)
Mas Haddad parece saber para onde quer ir, como ficou claro no
caso do IPTU e da mobilidade urbana.
Na grande frase romana, vento nenhum ajuda quem não sabe para onde
ir. Haddad parece saber.
E esta é uma excelente notícia para os paulistanos.
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