Heloisa Cristaldo
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher se manifestou hoje (6)
contra a proposta do Estatuto do Nascituro (PL 478/2007), aprovada ontem pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara
dos Deputados.
Em nota, o conselho informou que o Estatuto do Nascituro viola os direitos
das mulheres e descumpre garantias constitucionais de previsão e indicação de
fonte orçamentária. “É lamentável que as mulheres sejam, mais uma vez, vítimas
da legitimação da violência perpetrada contra elas. O projeto dificulta o acesso
das mulheres aos serviços de aborto previsto em lei, nos casos de risco de vida
à gestante, de estupro e de gravidez de feto anencéfalo”, diz a nota.
O substitutivo ao Projeto de Lei (PL) 478/2007 aprovado ontem prevê, entre outros pontos, o direito ao pagamento de pensão alimentícia, equivalente a um salário mínimo, às crianças concebidas de violência sexual. A proposta segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O substitutivo ao Projeto de Lei (PL) 478/2007 aprovado ontem prevê, entre outros pontos, o direito ao pagamento de pensão alimentícia, equivalente a um salário mínimo, às crianças concebidas de violência sexual. A proposta segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O debate da proposta foi acompanhado por defensores dos direitos das
mulheres, contrários ao projeto, e manifestantes contrários ao aborto e
defensores da proposta. As duas partes lotaram a sala da comissão e exibiram
faixas e cartazes pró e contra a matéria. O substitutivo, aprovado anteriormente
na Comissão de Seguridade Social e Família, modificou o projeto original e
ressalvou o direito de aborto em caso de gravidez resultante de estupro,
atualmente permitido pelo Código Penal.
Edição: Fábio Massalli
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