Durante o Natal é impossível escapar do lugar comum segundo o qual a data está cada vez mais consumista e coisa e tal. É uma verdade banalizada pelo uso.
O lado mais dramático dessa situação, na minha singela opinião, está expresso na jornada desumana a que são submetidos os empregados do comércio. Em São Paulo, as lojas dos shoppings varam a madrugada vendendo. Em Porto Alegre, o comércio ficará aberto até as 20h do dia 24/12. A pergunta é: para quê? A mídia anuncia essas maratonas como se fossem grande coisa. Filas do SUS e filas em aeroportos são inaceitáveis, mas aquele monte de gente se acotovelando para comprar dos patrocinadores da grande mídia é tratado com bom humor. Eu acho repugnante!
Não sou daqueles que compram presentes ao longo do ano, ou com grande antecedência. Compro no tempo que tenho. Se não tiver tempo, não compro. Flexibilizar o horário é uma coisa, estendê-lo ao infinito é absurdo. É dizer aos consumidores (porque as pessoas não são tratadas como cidadãs, mas como consumidoras) que podem ser imprevidentes e que podem deixar tudo para a última hora. Sempre haverá uma loja aberta onde se gastar.
Quem quiser comprar presentes que arranje tempo até as 22h (que me parece mais que o suficiente). Se não conseguir, azar.
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