Princípios são princípios: se calhar de os piores safados estarem defendendo valores corretos, mesmo que com má fé e calculismo, ainda assim não podemos deixar de nos colocar ao lado da civilização, quando a alternativa é a barbárie.
Então, estão certíssimos os 80 países que aprovaram, na ONU, a resolução do Canadá condenando as sucessivas, grotescas e intermináveis violações dos direitos humanos por parte do estado teocrático iraniano.
E erradíssimo o Brasil ao se omitir, repetindo Pilatos.
Pois o Irã aplica uma justiça medieval que não tem mais lugar no século XXI, executa inocentes após julgamentos farsescos, apedreja mulheres, tortura, mutila, barbariza. Nenhum revolucionário pode, seja lá com qual justificativa for, em circunstância nenhuma, jamais, compactuar com tais atos!
Existimos para conduzir a humanidade a um estágio superior de civilização, não para enfiar a cabeça na areia enquanto déspotas ensandecidos impõem a seu povo o mais retrógrado e repulsivo fanatismo religioso.
Companheiro,
ResponderExcluirinfelizmente está muito disseminado em nossa sociedade, e até na esquerda, o mais primário maniqueísmo.
Então, por Irã ser inimigo de Israel, tudo lhe deve ser permitido e perdoado, na opinião de alguns.
É a mentalidade futebolística aplicada à política: para o Corinthians não ser campeão, os sãopaulinos estimularam seu time a entregar o jogo contra o Fluminense.
Eu sou de outros tempos. Para mim, como era para Marx, estados teocráticos equivalem a atraso, excrescências a serem varridas pelo avanço da civilização.
E competições esportivas devem ser isso mesmo, esportivas; regidas pela esportividade, portanto.