Acompanhava o jogo do campeão do primeiro turno do gauchão contra o brioso time do União, da gloriosa cidade de Rondonópolis. Portanto um confronto de gigantes, vencido pelo representante de Porto Alegre na Copa do Brasil. Lá pelas tantas, a imagem encolhe e a terra se divide para acompanharmos nada mais nada menos que o aquecimento do Ronaldinho! Era o que faltava. Não tinha gol não tinha nada. O outro jogo sequer havia começado. Mas não podíamos acompanhar o jogo do campeão da sul-americana para ver o reserva do campeão da segundona.
Mas o abuso não acabou por aí. No dia seguinte, a Globo apresentou os lances que Ronaldinho não fez.
Ronaldinho foi um dos maiores jogadores do mundo. Sabe jogar muito, mas precisa mostrar mais que uma barriguinha para merecer tanta manchete. O problema é que Ronaldinho não é mais um jogador, é uma mercadoria e a exposição da imagem é mais importante que a exposição do seu futebol. A implicações éticas e antieducativas da submissão aos interesses do mercado são muitas e sempre negativas.