De: ONUBR
Aprovando com unanimidade na Assembleia Geral da ONU, é lembrado nesta quinta-feira (6) o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.
Para marcar a data, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que
“não há nenhuma razão religiosa, de saúde ou de desenvolvimento para
mutilar ou cortar qualquer menina ou mulher”.
“Embora alguns argumentem que é uma “tradição”, devemos lembrar que a
escravidão, as mortes por honra e outras práticas desumanas foram
defendidas com o mesmo argumento”, afirmou Ban.
Segundo o chefe da ONU, a data é uma oportunidade para enfrentar este
problema persistente, bem como para encontrar esperança em iniciativas
que provam que se pode acabar com a esta prática.
“Apenas porque uma prática dolorosa existe há muito tempo não
justifica sua continuação. Todas as “tradições” que rebaixam, humilham e
ferem são violações dos direitos humanos que devem ser ativamente
combatidas até que acabem”, lembrou ele.
A prática está caindo em desuso em quase todos os países, mas ainda
está assustadoramente espalhada pelo mundo, informou a Organização.
Embora dados estatísticos seguros sejam difíceis de obter, estima-se que
mais de 125 milhões de meninas e mulheres tenham sido mutiladas em 29
países na África e no Oriente Médio, onde a prática prevalece e onde há
dados disponíveis.
Se as tendências atuais persistirem, cerca de 86 milhões de meninas
em todo o mundo estão sujeitas a sofrer a prática até 2030. “Ásia,
Europa, América do Norte e outras regiões não são poupadas e devem estar
igualmente vigilantes para com este problema”, destacou Ban.
O secretário-geral se demonstrou esperançoso quanto ao problema,
lembrando que recentemente, Uganda, Quênia e Guiné-Bissau adotaram leis
para pôr fim à prática. “Na Etiópia os responsáveis foram presos,
julgados e penalizados com ampla cobertura da imprensa, conscientizando
dessa forma o público”, destacou.
Leia a mensagem na íntegra em http://bit.ly/1atsieE
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