Francisco tornou-se papa este ano
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GENEBRA- A ONU decidiu cobrar do Vaticano detalhes sobre o que a Santa Sé tem
feito sobre crimes de pedofilia no clero católico. A avaliação sobre as práticas
da Igreja ocorrerá no início de 2014 e o procedimento está previsto porque o
Vaticano é um Estado observador das Nações Unidas. O comitê da ONU encarregado
da proteção às crianças indicou que o questionário já será enviado e incluirá
perguntas sobre os milhares de casos de pedofilia.
O papa Francisco indicou recentemente que o combate à pedofilia será uma de
suas prioridades. "Precisamos agir e promover, acima de tudo, medidas para
proteger os menores, ajudar aqueles que sofreram e tomar as medidas necessárias
contra os culpados", declarou o pontífice.
Divisão. A demanda da ONU abriu um debate entre especialistas e juristas. O tratado que protege menores é considerado como uma exigência a todos os membros da entidade. Mas não necessariamente a estados observadores. Para muitos na ONU, o Vaticano terá de calcular agora qual será o menor dos danos. Se a Santa Sé revelar as informações pedidas, estará numa saia justa, já que ficará claro que outros papas esconderam os casos. Mas a atitude também poderá ser um divisor de águas e uma comprovação na prática de que Francisco está determinado em transformar seus discursos em ações.
As Nações Unidas citam "abundância de alegações" e pede "informações detalhadas de todos os casos de abuso sexual contra menores cometidos por membros do clero ou apontado à Santa Sé". Além disso, o comitê quer saber se acordos secretos com vítimas foram fechados para que as informações não afetassem a Igreja.
A ONU ainda quer saber se padres envolvidos em casos foram transferidos para outras igrejas ou se "ordens foram dadas para que não se falasse sobre o assunto". Outro pedido da ONU: saber se "crianças foram silenciadas". Se não bastasse, a ONU quer ver todos os processos que resultaram em alguma condenação ou afastamento de um religioso.
ONGs e ativistas de todo o mundo já classificam a iniciativa da ONU como o maior teste da Igreja em anos. "Francisco será julgado sobre sua habilidade de lidar com o escândalo do Banco do Vaticano e como irá reagir diante dos abusos sexuais", declarou Keith Wood, representante da entidade National Secular Society, de Londres.
Entre as questões, que abrangem um período entre 1996 e 2012, O Vaticano terá
de responder, ente outras coisas, quantos religiosos foram punidos, quantos
foram afastados de seus cargos e quantos proibidos de manter contato com
crianças, além de qual foi o apoio dado às vítimas.
Divisão. A demanda da ONU abriu um debate entre especialistas e juristas. O tratado que protege menores é considerado como uma exigência a todos os membros da entidade. Mas não necessariamente a estados observadores. Para muitos na ONU, o Vaticano terá de calcular agora qual será o menor dos danos. Se a Santa Sé revelar as informações pedidas, estará numa saia justa, já que ficará claro que outros papas esconderam os casos. Mas a atitude também poderá ser um divisor de águas e uma comprovação na prática de que Francisco está determinado em transformar seus discursos em ações.
As Nações Unidas citam "abundância de alegações" e pede "informações detalhadas de todos os casos de abuso sexual contra menores cometidos por membros do clero ou apontado à Santa Sé". Além disso, o comitê quer saber se acordos secretos com vítimas foram fechados para que as informações não afetassem a Igreja.
A ONU ainda quer saber se padres envolvidos em casos foram transferidos para outras igrejas ou se "ordens foram dadas para que não se falasse sobre o assunto". Outro pedido da ONU: saber se "crianças foram silenciadas". Se não bastasse, a ONU quer ver todos os processos que resultaram em alguma condenação ou afastamento de um religioso.
ONGs e ativistas de todo o mundo já classificam a iniciativa da ONU como o maior teste da Igreja em anos. "Francisco será julgado sobre sua habilidade de lidar com o escândalo do Banco do Vaticano e como irá reagir diante dos abusos sexuais", declarou Keith Wood, representante da entidade National Secular Society, de Londres.
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