Iniciativas e desafios para passar a limpo os crimes cometidos depois do golpe militar
A equipe de reportagem percorreu antigos centros de tortura, onde se praticaram crimes contra brasileiros e estrangeiros contrários ao regime. Mostra antigos arquivos secretos e entrevista vítimas do regime militar, historiadores e autoridades que lutam para que essa história seja conhecida e nunca mais se repita.
Entre os entrevistados estão os jornalistas Jarbas Silva Marques, Lucas Figueiredo e Rose Nogueira; o brigadeiro Rui Moreira Lima, os pesquisadores Maria Celina d"Araújo e Rubim de Aquino; os advogados Antônio Modesto da Silveira e Cesar Brito; o procurador Marlon Alberto Weichert e a vice-presidente da ONG Tortura Nunca Mais no Rio de Janeiro, Vitória Gabrois, além da coordenadora do Projeto República da UFMG, Heloisa Starling.
O programa mostra ainda a ditadura em países vizinhos, como Argentina, Chile e Uruguai, que estão à frente do Brasil na punição dos culpados. Foram mais de 30 mil desaparecidos e 50 mil presos, torturados e exilados. A justiça dos três países já prendeu 700 participantes desses regimes ditatoriais e continua processando mais de mil acusados. Ao contrário do que aconteceu em países vizinhos, até hoje o Brasil não julgou os crimes cometidos depois do golpe militar de 1964. O governo brasileiro também não conseguiu informar aos familiares o paradeiro dos restos mortais de dezenas de desaparecidos durante o regime. Por isso, o país foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. O Caminhos da Reportagem de quinta-feira (2/02), às 22h, mostra o que o Brasil vem fazendo para tentar passar a limpo os crimes de Estado cometidos nos anos de chumbo e os desafios que ainda tem pela frente.
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