Na maioria das vezes, quando se pensa em um filme sobre ditadura as cenas que vêm à cabeça são as de tortura e violência extrema. Mas esse tema inesgotável encontrou novo fôlego no filme do chileno Pablo Larraín, de 35 anos. Em No, o diretor relembra o plebiscito ocorrido em 1988, que questionava o povo quanto a continuidade do governo de Augusto Pinochet.
Gael Garcia Bernal em No, de Larrín
O longa está sendo exibido em uma mostra paralela à
competição oficial em Cannes, chamada de Quinzena dos Realizadores, que
já revelou nomes como Michael Haneke e Sofia Coppola. Na história, Rene
Saavedra (Gael García Bernal) vive um publicitário de sucesso convidado a
cuidar da campanha pelo “Não”, pedindo a saída definitiva de Pinochet
do seu cargo.
Na época, o ditador convocou a opinião pública depois de sofrer muita pressão internacional, como bem contextualiza o filme. Em 5 de outubro de 1988, os chilenos foram às urnas e com o resultado de 44,01% para o ˜Sim" e 55,99% para o "Não", ele se vê obrigado a deixar o poder.
Seu chefe, partidário do então presidente, assume a campanha pelo “Sim” e a partir daí o filme mostra o contexto histórico e social da época através desta corrida publicitária. Além de trabalhar o assunto da ditadura fugindo do convencional, Larraín rodou o filme em suporte de vídeo U-matic 3/4, usado no final dos anos 1980. As cores e texturas se parecem com as imagens da televisão na época confundindo realidade e ficção.
No poderia tranquilamente estar na lista da competição oficial no lugar de longas controversos como o egípcio After the Battle, ou de Paradies: Liebe (Paraíso: Amor), do austríaco Ulrich Seidl. Depois de Tony Manero e Post Mortem, outras duas produções bem-sucedidas, Larraín comprova ser um dos grandes do cinema atual na América Latina, merecendo cinco minutos de aplausos em pé do público em Cannes.
Fonte: Bravo!
Na época, o ditador convocou a opinião pública depois de sofrer muita pressão internacional, como bem contextualiza o filme. Em 5 de outubro de 1988, os chilenos foram às urnas e com o resultado de 44,01% para o ˜Sim" e 55,99% para o "Não", ele se vê obrigado a deixar o poder.
Seu chefe, partidário do então presidente, assume a campanha pelo “Sim” e a partir daí o filme mostra o contexto histórico e social da época através desta corrida publicitária. Além de trabalhar o assunto da ditadura fugindo do convencional, Larraín rodou o filme em suporte de vídeo U-matic 3/4, usado no final dos anos 1980. As cores e texturas se parecem com as imagens da televisão na época confundindo realidade e ficção.
No poderia tranquilamente estar na lista da competição oficial no lugar de longas controversos como o egípcio After the Battle, ou de Paradies: Liebe (Paraíso: Amor), do austríaco Ulrich Seidl. Depois de Tony Manero e Post Mortem, outras duas produções bem-sucedidas, Larraín comprova ser um dos grandes do cinema atual na América Latina, merecendo cinco minutos de aplausos em pé do público em Cannes.
Fonte: Bravo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por sua opinião