sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Escritório de Direitos Humanos alarmado com o aumento de execuções na Arábia Saudita

Rupert Colville
Segundo dados, número de execuções triplicaram em 2011; ONU sublinha que tortura é método comum para extrair confissões.
Joyce de Pina, da Rádio ONU em Nova York.

O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas expressou nesta sexta-feira estar alarmado com o aumento significativo de execuções na Arábia Saudita.
Segundo dados, a aplicação da pena de morte no país quase triplicou no ano passado.  Os números de 2010 apontavam para 27 casos, e em 2011 foram registradas 70 execuções.

Homicídios e Violações

As condenações à morte na Arábia Saudita estão relacionadas com casos de homicídio, violação sexual, drogas, blasfêmia, adultério ou bruxaria, No último caso, as mulheres são as principais condenadas, e a decapitação é a forma mais comum para aplicar a pena.
O porta-voz da agência da ONU, Rupert Colville, afirmou que ao contrário da tendência internacional, em que os países se afastam de forma progressiva da aplicação deste tipo de pena, na Arábia Saudita, a situação é a inversa.

Parâmetros

Colville afirma ainda que os procedimentos legais nos tribunais sauditas não se alinham com os parâmetros internacionais e aparentemente, o uso da tortura é um meio comum para a obtenção de confissões que levam à posterior condenação.
O Escritório de Direitos Humanos apelou às autoridades sauditas para  proteger os direitos dos que são condenados à morte e que reduza, de forma progessiva, a aplicação da pena de morte e o número de ofensas ou crimes em que a pena é aplicável.

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