Em qualquer conflito armado somos surpreendidos por fotografias de crianças a empunhar armas. Essa visão provoca a nossa indignação perante a exploração a que são sujeitas pelos senhores da guerra. E, no entanto, isto sempre sucedeu independentemente do local, da época ou da cultura em particular, em qualquer conflito do presente ou do passado. Há apenas algumas décadas atrás, durante a Segunda Guerra Mundial, foi comum ver crianças entre as fileiras do exército russo que se defendia com todos os seus recursos dos invasores nazis.
Eram tempos diferentes e vivia-se ainda sob o jugo do ditador Estaline. Muitas crianças tentaram fugir das suas casas para ir combater na Grande Guerra Patriótica, como lhe chamou a propaganda do regime. Não obstante, algumas foram capturadas pela polícia militar e devolvidas às suas famílias mas outras acabaram por se conseguir juntar às tropas e lutar. Eram muito novas, algumas com 9 anos apenas, e combateram na frente. As que sobreviveram deixaram o exército após o fim da guerra com 14 ou 16 anos, muitas vezes recompensadas com medalhas de honra.
Os fotógrafos da guerra e da propaganda registaram as imagens destas crianças da guerra, meninos sem infância desprovidos do seu bem mais precioso: a inocência.
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Paz e bem!
ResponderExcluirO filme
Vá e veja (Иди и смотри, Idi i smotri)
de Elem Klimov (1985)
retrata muitíssimo bem
esta situação.