O Rio de Janeiro consegue produzir coisas deveras impressionantes e disparatadas. Coisas que vão de Leila Diniz a Jair Bolsonaro. Agora, aquele ser iluminado que é o Eduardo Paes enviou e a Câmara Municipal aprovou projeto que cria 600 cargos de professores de ensino Religioso.
Não acompanhei direito como ficou o Ensino Rleigioso. Pelo que sei, não é obrigatório e é ministrado fora das 800 horas necessárias para o ano letivo. O parecer do Conselho Municipal de Educação do Rio de Janeiro, aliás, coloca o assunto de modo muito adequado.
Mas acriação de cargos para ministrar o Ensino Religioso é um abuso! A descrição das "responsabilidades genéricas" dos profissionais é absolutamente anti-republicana. Entre outras bobagens, um das responsabiliadades é "inteirar-se do Conteúdo Programático do Ensino Religioso a partir das orientações emanadas da respectiva Autoridade Religiosa". Peraí! As tais autoridades religiosas não podem interferir nas orientações e diretrizes emanadas do Estado.
O projeto todo é um acinte ao estado laico. Os pastores e outras "autoridades religiosas" não escondem que o ensino religioso será uma plataforma para difusão do criacionismo, por exemplo.
Respeito as pessoas que têm religião. Respeito tanto, que nem penso em ir dar aula em uma Igreja e dizer o que penso sobre a fé que cultivam com tanto fervor. É um direito das pessoas exercerem sua fé sem a presença de um chato de fora da igreja. Eu não me meto em igreja, as igrejas não deveriam se meter nas escolas.
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