segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Farroupilha e a invenção das tradições


Rapaz exibe o charme e a malemolência da viril dança gaúcha

Hobsbawn e Ranger escreveram o já clássico "A Invenção das Tradições". Sinteticamente, o livro defende que toda a tradição é inventada. É necessário saber o momento e os motivos pelos quais isso acontece.
Quem quiser se divertir bebendo, comendo carne e se fantasiando de gaúcho pode ficar à vontade. O que me incomoda é o exagero. Corrijo, o que me incomoda é confundir tradição com folclore e com história. Além disso, ainda temos que aguentar o MTG se colocando como guardião da história e da cultura. O MTG é uma instituição PRIVADA! Não defende a história, defende uma ideologia.
A expansão do tradicionalismo pelo Brasil e pelo mundo não dizem nada a respeito de sua verdade. Dizem algo a respeito de sua capacidade de expansão. Do mesmo modo que o fato de Justin Bieber vender mais que Paulinho da Viola não diz nada a respeito da qualidade estética do jovem canadense. Como dizia Guimarães Rosa (que vendeu menos que Paulo Coelho) "Pão ou pães é questão de opiniães". Só que o caso vai além das opiniães. O MTG se apoderou não só da tradição que criou, mas se acha no direito de instituir regras que devem ser assumidas por toda a sociedade. Isso me incomoda.

Tradição não é folclore nem história e a Guerra dos Farrapos não foi uma revolução.
Melhor do que eu, quem trata desse assunto é o Tau Golin.
Clique AQUI e leia.

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