A amante, "a bicha", os shows, os proventos extras e uma "poupança" de milhões
Pessoas que tiveram acesso à transcrição dos telefonemas grampeados e e-mails interceptados que constituem parte da prova documental da ação penal que trata da fraude contra o Banrisul estão impressionadas com a diversificação da atuação dos agentes: os valores iam dos miúdos... aos graúdos.
Acompanhe em potins:
* O esquema provia (modestamente) a amante de um dos operadores da fraude, a ela alcançando uma discreta mesada de R$ 300,00. Num momento da maior generosidade do tesoureiro, ela obteve o pagamento da anuidade de sua faculdade.
* Quando o favorecido era "pessoa importante", o esquema não economizava: o pagamento em dinheiro - depositado por uma terceira empresa - podia chegar a exatos R$ 42.600.
* Uma funcionária pediu "uma força" e teve atendido seu pleito de "proventos extras" de R$ 4.868,00 mensais com direito a 13º salário. Por isonomia, um assessor teve a mesma benesse financeira.
* Os partícipes gostavam de ir aos melhores shows, indiretamente pagos pelo caixa da fraude. Do dinheiro que - via superfaturamento - ia parar nas mãos dos estelionatários, um pequeno percentual era destinado a comprar ingressos para ver Julio Iglesias, Ivete Sangalo, Ben Harper, Disney On Ice, Festa Johnny Walter (em Gramado) etc.
* Para um evento destinado ao público jovem (Planeta Atlântida), os operadores deixaram expressas instruções à secretária: "comprar um camarote vip".
* Alguns personagens eram conhecidos por codinomes: "o bobo", "a bicha", "o mister", "a gorducha". E "gordinho" era o epíteto que designava um "delegado metido a poderoso", que mediante o pagamento de R$ 40 mil, poderia dar "uma pressão" numa testemunha que "estava incomodando".
* Uma das eminências pardas do esquema tinha informações privilegiadas sobre as cidades (de Santa Catarina) para onde o Banrisul se expandiria. Tratou, então, de comprar, por preços reduzidos, imóveis locais, que seriam destinados à locação ao banco, por valores mensais elevados. À mesma época, o pensador do esquema comprou um apartamento em Punta del Este e um prédio na Av. Cairu, em Porto Alegre.
* No cumprimento de dois dos mandados de busca e apreensão, foram encontrados numa residência R$ 65.000,00 + U$ 22.960,00 + 50.000 euros + 5.640 libras. E no local de trabalho da mesma pessoa, mais R$ 2.571.520,00 + U$ 122.350,00 + 20.800,00 euros + 4.500 libras - "valores sem qualquer comprovação de origem lícita" - segundo o Ministério Público. "É dinheiro que poupei!..." - disse um dos operadores da fraude, tentando se defender.
* Durante a "safra", dois operadores trocam e-mails. Um deles, festeja: "Nosso banco querido aprovou R$ 1 milhão de mídia pra veicular o balanço apenas nesta sexta feira. Quem tem Banrisul tem $$$$$$$." (Proc. nº 21100417549).
Acompanhe em potins:
* O esquema provia (modestamente) a amante de um dos operadores da fraude, a ela alcançando uma discreta mesada de R$ 300,00. Num momento da maior generosidade do tesoureiro, ela obteve o pagamento da anuidade de sua faculdade.
* Quando o favorecido era "pessoa importante", o esquema não economizava: o pagamento em dinheiro - depositado por uma terceira empresa - podia chegar a exatos R$ 42.600.
* Uma funcionária pediu "uma força" e teve atendido seu pleito de "proventos extras" de R$ 4.868,00 mensais com direito a 13º salário. Por isonomia, um assessor teve a mesma benesse financeira.
* Os partícipes gostavam de ir aos melhores shows, indiretamente pagos pelo caixa da fraude. Do dinheiro que - via superfaturamento - ia parar nas mãos dos estelionatários, um pequeno percentual era destinado a comprar ingressos para ver Julio Iglesias, Ivete Sangalo, Ben Harper, Disney On Ice, Festa Johnny Walter (em Gramado) etc.
* Para um evento destinado ao público jovem (Planeta Atlântida), os operadores deixaram expressas instruções à secretária: "comprar um camarote vip".
* Alguns personagens eram conhecidos por codinomes: "o bobo", "a bicha", "o mister", "a gorducha". E "gordinho" era o epíteto que designava um "delegado metido a poderoso", que mediante o pagamento de R$ 40 mil, poderia dar "uma pressão" numa testemunha que "estava incomodando".
* Uma das eminências pardas do esquema tinha informações privilegiadas sobre as cidades (de Santa Catarina) para onde o Banrisul se expandiria. Tratou, então, de comprar, por preços reduzidos, imóveis locais, que seriam destinados à locação ao banco, por valores mensais elevados. À mesma época, o pensador do esquema comprou um apartamento em Punta del Este e um prédio na Av. Cairu, em Porto Alegre.
* No cumprimento de dois dos mandados de busca e apreensão, foram encontrados numa residência R$ 65.000,00 + U$ 22.960,00 + 50.000 euros + 5.640 libras. E no local de trabalho da mesma pessoa, mais R$ 2.571.520,00 + U$ 122.350,00 + 20.800,00 euros + 4.500 libras - "valores sem qualquer comprovação de origem lícita" - segundo o Ministério Público. "É dinheiro que poupei!..." - disse um dos operadores da fraude, tentando se defender.
* Durante a "safra", dois operadores trocam e-mails. Um deles, festeja: "Nosso banco querido aprovou R$ 1 milhão de mídia pra veicular o balanço apenas nesta sexta feira. Quem tem Banrisul tem $$$$$$$." (Proc. nº 21100417549).
De: Espaço Vital
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por sua opinião