Ele não estará no Conselhão |
O insígne Anton Carl Biedermann, que nem havia entrado, resolveu sair do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o Conselhão. Aliás, resolveu dar a notícia com espalhafato, pois a decisão havia sido tomada em fevereiro.
O ilustre representante das classes empresariais rigrandenses alega que o Conselhão é ideológico e deveria ser neutro. O seja, o decano dos neoliberais gaúchos considera que um governo eleito em primeiro turno não tem o direito de apresentar a sua visão de Estado, consagrada pela votação da maioria da população.
Porém, há outros motivos para preocupação. Primeiro: o Sr. Biedermann havia dito que deixaria o Conselhão por problemas de saúde, agora, diz que é por motivos ideológicos. Quem pequeno dissimulado está se saindo esse senhor! Segundo: ao mesmo tempo em que o empresário, que representava a agenda 2020, critica a ideologização do CDES, o secretário-executivo do CDES, informa que a plataforma eleitoral de Tarso Genro aceitou 50% dos pontos da agenda 2020. Afinal, onde stão as diferenças?
O nosso governador tem se esforçado para construir a imagem de um governo de diálogo e convergência. está conseguindo. Nesse sentido, a presença do Sr. Biedermann seria um símbolo. Do ponto de vista dos debates, a ausência do empresário não faz diferença alguma. O Sr. Biedermann faz um discurso Prêt-à-porter do neoliberalismo, com aquele monte de chavões direitosos.
O governador Tarso Genro é um homem do diálogo, eu também, mas de preferência, com alguém que tenha algo a dizer. A ausência do Sr. Biedermann é tão irrelevante, que, para ser notada, ele mesmo teve que ir ao jornais para chamar a atenção.
Ao sair do Conselhão, o Biederman é um insigne partinte. Os que continuam no tal Conselho são os insigne ficantes. Reconheço que o trocadilho é velho, mas foi o que pude arrumar por hoje.
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