Do site Esquerda.net
Pela primeira vez, uma agência de “rating” chinesa divulgou um relatório sobre o risco da dívida de vários países. A Dagong Global Credit Rating não deu aos EUA a qualificação máxima e subiu o “rating” de vários países emergentes, inclusive o Brasil.
Na passada semana, a agência de notação de risco chinesa Dagong Global Credit Rating divulgou um relatório sobre o risco da dívida soberana de 50 países, assumindo abertamente a concorrência com as tradicionais três agências dos Estados Unidos, Standard & Poors, Moody’s e Fitch.
Para avaliar o risco da dívida dos países, a Dagong usa critérios distintos dos que são tradicionalmente usados por aquelas agências, levando em conta a capacidade de criar riqueza e a quantidade de reservas do país.
Na análise da Dagong, os EUA não obtêm o critério mais elevado (AAA) como é tradicional acontecer, mas o seu rating baixa para AA. Diversos países europeus obtêm também um rating inferior ao dado pelas agências norte-americanas: Grã-Bretanha, França e Japão descem para AA-, Alemanha e Holanda são qualificados com AA+, assim como a própria China, que sobe em relação à que lhe é atribuída pelas agências dos EUA. Itália, Espanha e Bélgica têm no relatório da agência chinesa também uma qualificação inferior (A-), a mesma que é atribuída a Portugal.
Além da China, também o Brasil, a Rússia e a Índia têm uma qualificação de risco mais favorável da Dagong, o mesmo acontecendo em relação a outras economias de países ditos emergentes.
Na apresentação do relatório, o presidente da Dagong, Guan Jianzhong, declarou:
"A razão para a crise financeira global e a crise da dívida na Europa é que o actual sistema de rating de crédito não revela correctamente a capacidade de pagamento do devedor".
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