Como não votar em Lasier Martins para Senador do Rio Grande do Sul?
Faz 20 anos que eu vejo ele na televisão,
deixando sua marca registrada todos os dias na hora do meu almoço,
entre uma colherada de feijão e a cor de burro quando foge da
Cristina Ranzolin, Lasier mostra-se incansável na perseguição às
vilanias do mundo moderno. Sempre com um conselho amigo, uma crítica
sincera e mostrando-se banhado em legitimidade, ele é o meu candidato ao
senado em 2014.
Um dia diz que os culpados pelo alto
índice de reprovação do magistério são os próprios professores, que
nunca buscaram qualificação e se acomodaram no funcionalismo público.
Meses depois diz que os professores são as vítimas de um governo
descomprometido com a educação. Não contente, faz de tudo, algum tempo
depois, para não noticiar uma greve do magistério em que os professores
lutavam pela valorização do seu trabalho.
É de um homem assim, com convicções firmes que precisamos.
É esse homem que na hora do almoço nos
diz para seguiremos os preceitos da justiça, que ela deve ser a bússola
moral da sociedade. E esse mesmo homem, algum tempo depois, esbraveja em
alto e bom som que os réus do famigerado mensalão deveriam ser julgados
de maneira diferenciada.
Coerente, é assim que temos que pensar em alguém para eleger.
Sem falar no fator de esse ser um novo
candidato, um homem que nunca pensou em se valer dos meios de
comunicação em que trabalha – apenas o meio de comunicação mais popular
das casas do Rio Grande do Sul – para promover o próprio nome. Afinal de
contas, ele só tem pouco mais de duas horas e trinta minutos diários
entre televisão e rádio, sem contar com as caravanas de interiorização
que faz com o seu Debates do Rio Grande.
Assim vale a pena dar o voto, quando temos certeza que não é um aproveitador.
E
a coerência ideológica então? Esse é o ponto forte do meu candidato.
Nunca deu nenhum indício de ser um homem de direita, um reacionário de
primeira hora, pois sempre teve calma e mostrou longa reflexão quando de
seus julgamentos sobre a política nacional e estadual do Partido dos
Trabalhadores. Não é desses que gostam de ser o bardo da tragédia, o
comentarista que nunca perde jogo, isso é coisa de quem só tem uma
função na mídia: servir os interesses de determinado grupo e mostrar ser
o profeta moderno que irá salvar a política local do mar de lama em que
vive.
E cabe dizer que o PDT, partido a qual se
filiou, não poderia ser mais coerente para dar o início em seu projeto
político. Lasier sempre fez questão de mostrar que era um brizolista,
comprometido com os ideais trabalhistas de homens como Getúlio Vargas e
João Goulart e, claro, o próprio Leonel Brizola. Aliás, vide que Lasier é
um dos poucos candidatos comprometidos com a agenda nacional do
partido, e nunca deu mostrar de pensar a política como um projeto
pessoal, independente daquilo que as legendas lhe oferecessem.
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