Um
professor preso durante uma manifestação no centro do Rio de Janeiro em
15 de outubro foi liberado após intervenção da ministra da Secretaria
de Direitos Humanos, Maria do Rosário. O professor Paulo Roberto de
Abreu Bruno, da Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz, pesquisava em
campo sobre um de seus principais objetos de estudo, os movimentos
sociais, quando foi detido e acusado de vários crimes - entre eles, o de
fazer parte de organização criminosa.
Na madrugada da última sexta-feira, três dias após os
protestos do Dia do Professor, a ministra foi alertada pelo deputado
Miro Teixeira (PROS-RJ) sobre a possibilidade do professor ter que
passar o final de semana na prisão. Paulo Roberto e mais 30 pessoas
detidas com ele estavam na Casa de Custódia Patricia Acioli, em São
Gonçalo, mas foram transferidos para o Complexo Penitenciário de Bangú. A
presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Leila Maria Carrilo
Cavalcante Ribeiro Mariano, determinou que oficiais de Justiça levassem
os documentos necessários ao presídio para possibilitar a soltura.
Apesar de ter sido solto, o professor Paulo Roberto vai
responder a processo por diversos delitos, entre eles, o de fazer parte
de organização criminosa, nos termos Lei nº 12.850/2013, aprovada
recentemente pela Assembleia Legislativa do Rio. O professor foi
liberado da prisão em Bangu junto com outros 18 manifestantes.
Segundo a Fiocruz, Paulo Roberto tem como um dos
principais objetos de estudo a pesquisa de movimentos populares urbanos.
Desde junho, vem recolhendo material de campo e fazendo registro
fotográfico das manifestações no Rio de Janeiro. O professor atua também
no campo da saúde coletiva e ambiental tanto em comunidades indígenas
amazônicas como em favelas.
De: Terra
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