A exposição "Fernando Pessoa - Plural como o Universo", depois de uma temporada de sucesso em São Paulo, no período de agosto de 2010 a fevereiro de 2011 com um público visitante de 190 mil pessoas no Museu da Língua Portuguesa, chega agora ao Rio de Janeiro com projeto do cenógrafo Hélio Eichbauer, a exposição tem como identidade visual o Mar, remetendo à época dos descobrimentos e das grandes conquistas de Portugal, inspirada no livro Mensagem. De acordo com Eichbauer, “a ideia é sugerir viagens mentais e espirituais, em torno das ruas de Lisboa, das aventuras dos heterônimos e de Pessoa”.
Serão projetados trechos de poemas do próprio Fernando Pessoa e de seus heterônimos mais conhecidos: Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Bernardo Soares e apresentadas também algumas relíquias, como os dois únicos exemplares da revista Orpheu; três exemplares da revista Athena; seis exemplares da Revista do Comércio e da Contabilidade; a série completa de A Revista, de 1931; algumas edições da revista Águia, onde Pessoa publicou seus primeiros artigos, e da revista Presença, sucessora da Orpheu.
Hoje, 1º de abril, pode ser declarado o dia da piada pronta. Os militares (apoiados por muitos civis, que, hoje, se fazem de inocentes) deram um golpe que cerceou a democracia, submeteu o país a interesses do grande capital internacional, e, ao final, deixou uma inflação e um nível de desigualdade crescentes. O golpe foi chamado de Revolução, com o objetivo de defender a democracia, impedir a ação de forças estrangeiras no Brasil e acabar com a inflação. Foi uma das maiores mentiras do Brasil,o dia não poderia ser mais propício.
Encontrei um jornal chamdo Inconfidência, que é um documento fabuloso sobre o período. É um panfleto da direita empedernida, mas dá um panorama da opinião dos jornalões daquele período. Recomendo a leitura. Se quiser ler, basta clicar aqui.
Último país a sofrer os danos da grande crise econômico-financeira global, desencadeada a partir dos Estados Unidos em 2008, e 1º a sair dela, o Brasil retomou e mantém o ritmo de crescimento econômico o que, entre outras razões, lhe dá condições realmente de ajudar Portugal a sair da turbulência em que mergulhou mais fundo nas últimas semanas.
Ajudar, nos termos expostos pela presidenta Dilma Rousseff, na visita encerrada hoje àquele país - abreviada em função da morte do ex-vice-presidente José Alencar. Como a presidenta antecipou é possível negociar a compra de títulos portugueses.
"Nós temos investimentos de Portugal no Brasil, e do Brasil em Portugal, e temos parcerias entre as empresas portuguesas e brasileiras. No caso desses títulos, temos que cumprir os requisitos que dizem respeito ao uso das reservas do Brasil. É uma questão de negociação" explicou a chefe do governo brasileiro.
Nosso país sempre manteve excelentes relações com a nação lusa e a maior atenção conferida agora, se justifica porque, como assinalou a presidenta "o Brasil tem um compromisso com Portugal e sempre vai ter. Queremos ajudar. Portugal não é um parceiro qualquer, é um país com o qual temos uma ligação umbilical, especial. (Por isso), vamos fazer tudo o que for possível, dentro da nossa legislação para ajudá-lo".
A crise portuguesa se acentuou há uma semana quando, já às voltas com seríssimos problemas econômicos, o país viu seu 1º ministro, José Sócrates, renunciar depois que a Assembléia Nacional rejeitou o plano de austeridade apresentado por seu governo, e que previa a redução do déficit público a 2% do PIB até 2013.
Reproduzo post do Tijolaço, que rememora o chilique facistoide de Bolsonaro contra Maria do Rosário, na época, ambos eram deputados federais. Hoje ministra, Maria do Rosário tomou a sábia decisão de não trocar palavras com o lixo humano que é este senhor.
Reproduzo, abaixo, a matéria do Terra sobre a representação que fizemos, ontem, contra o deputado Jair Bolsonaro. E acima, um vídeo de 2008, enviado pela leitora Maria Luiza, onde o valente deputado ameaça dar um tapa na então deputada Maria do Rosário, hoje Ministra-chefe da Secretaria dos Direitos Humanos, a quem chama de “vagabunda”.
Bolsonaro diz que não é racista e que entendeu a pergunta sobre o que faria se o filho se apaixonasse por uma negra como “por um gay”. Disse e repito, conversa de quem viu que, nessa, ele se revelou de tal forma que, de fato, podem haver consequências.
E vocês sabem que só quem tem coragem, mesmo, assume o que diz e as enfrenta. Ontem, na tribuna da Câmara, ele já deu mostras de que quer sair pela tangente e ficar impune, como ficou no episódio do vídeo.
Quero destacar que a iniciativa de agora, tomada por um grupo expressivo de deputados , tem muito mais força que a ação de um ou outro, isoladamente. Na reunião de ontem, ficou acertado que vamos manter a ação conjunta, até para continuar exercendo pressão para que o caso não vá para a gaveta. Pressão na qual você pode ajudar, dando seu apoio pelo e-mail cdh@camara.gov.br.
Leia a matéria do Terra, da repórter Luciana Cobucci:
Mais de 20 deputados protocolaram nesta terça-feira três representações contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) pelas declarações consideradas racistas feitas ao programa CQC, da TV Bandeirantes, veiculado na noite de segunda-feira. Hoje, ele pediu sua própria convocação pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara para prestar esclarecimentos sobre a entrevista.
Durante o programa, em resposta à cantora Preta Gil, que perguntou ao deputado o que ele faria se seu filho se apaixonasse por uma mulher negra, Bolsonaro respondeu: “Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu”. O deputado afirmou em nota divulgada nesta terça-feira que entendeu errado a pergunta e achou que a artista se referia a uma relação homossexual.
“Se eu fosse racista, nunca diria isso na televisão, não sou louco. Mas não tenho qualquer problema com isso, tenho funcionários negros, minha esposa é afrodescendente, e meu sogro é mais negro que mulato”, afirmou. Bolsonaro se defendeu dizendo que não é homofóbico, mas acredita que “o Estado brasileiro não pode apoiar esse tipo de comportamento que atenta contra a família e o lar dos brasileiros”.
De acordo com o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), uma das representações foi feita pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), com um pedido de abertura de processo contra Bolsonaro no Conselho de Ética da Casa. Além disso, os parlamentares também ofereceram denúncia ao Ministério Público Federal.
“Consideramos as declarações dele racistas. Ele pode sofrer um processo penal. O Ministério Público não precisaria ser provocado, mas foi e vai se manifestar e abrir um processo contra ele (Bolsonaro). O Código Penal prevê até prisão para o crime de racismo”, disse o deputado Brizola Neto.
Além disso, o conteúdo das declarações de Bolsonaro será levado ao Conselho Nacional de Direitos Humanos para que ele “tome as providências necessárias”, segundo Brizola Neto. Além do pedetista, subscrevem as representações o deputado Jean Wyllis (Psol-RJ), militante da causa gay e homossexual assumido, e Manuela d’Ávila (PCdoB-RS).
A decisão do governo brasileiro de apoiar o envio de um representante da Comissão de Direitos Humanos da ONU ao Irã produziu uma grande confusão. O ambiente já estava envenenado, mas este é outro assunto. Eu queria voltar à Comissão de Direitos Humanos porque, nesse imbróglio todo, as críticas que mais ouvi foi que ela seria "hipócrita", porque não investiga a situação de direitos humanos das ditaduras árabes, não investiga Israel ou Honduras e, sobretudo, não investiga as violações cometidas pelos americanos.
Não é verdade. Mais uma vez, as pessoas confundem as limitações do Conselho de Segurança e da Assembléia-Geral da ONU, onde os EUA tem poder de veto, com a Comissão de Direitos Humanos, onde não há poder de veto. Na Comissão, discute-se sobre tudo, nenhum país escapa.
Eu mesmo fiz declarações apressadas, mas meu erro não foi defender a Comissão, e sim defendê-la pouco, sem estar embasado em dados mais consistentes. Agora que eu estou pesquisando as atividades e o histórico da CDH da ONU, surpreendo-me em saber que há relatórios sobre Arábia Saudita, inúmeras denúncias contra Israel, relatórios sobre Colômbia, Yemen, Bahrein, Myanmar, o golpe de Estado em Honduras, sobre Costa do Marfim, etc.
Os EUA tem sido alvo de várias missões e relatórios da CDH da ONU. Há um relatório, por exemplo, que denuncia duramente os EUA pelos abusos cometidos no Iraque, com base em documentos vazados pelo Wikileaks.
O Brasil também foi visitado muitas vezes por representantes da CDH, que não pouparam críticas aos problemas encontrados por aqui.
Não são justas, por isso, as acusações de que a CDH seria "hipócrita" ao decidir enviar um representante para checar a situação de direitos humanos no Irã. A CDH tem sido aberta às denúncias de abuso em qualquer país, sem discriminação. Ao votar para o envio de representante ao Irã, o Brasil foi coerente com votações similares referentes a outros países.
Também não é verdade que se trata da "primeira vez" que o Brasil vota contra o Irã. O certo é que essa é a primeira votação do gênero sobre o Irã, país que tem sido alvo frequente de discussões sobre direitos humanos por parte de especialistas, e não apenas por causa da perseguição norte-americana, mas por denúncias graves de abusos feitas por intelectuais iranianos respeitados e pela sociedade civil do país. Assim como há denúncias feitas contra vários outros países.
Ao Brasil interessa fortalecer as organizações multilaterais, e estabelecer limites ditados pelo direitos internacional. O governo Lula não votou em favor do Irã nas últimas votações que ocorreram no Conselho de Segurança e na Assembléia Geral porque ele negasse que houvesse problemas na área de direitos humanos no país, e sim porque ele entendeu que, no primeiro caso, o assunto era o direito ao enriquecimento de urânio e, no segundo, o fórum não era o correto. Na votação realizada na Assembléia Geral, a representante brasileira foi bem enfática ao declarar que a posição do Brasil, ao se abster, era um protesto contra o fato de que o assunto estava sendo tratado no lugar errado; direitos humanos devem ser tratados na Comissão de Direitos Humanos, porque aí há muito menos manipulação por interesses geopolíticos. De: Óleo do Diabo
Todo mundo diz que é prematuro, mas todo mundo já está discutindo a sucessão à prefeitura de Porto Alegre. Desde 1985, quando foram retomadas as eleições diretas às prefeituras das capitais, não houve eleição em que o Partido dos Trabalhadores (PT) não tivesse apresentado candidato. Paradoxalmente, no ano em que o PT encabeça o Governo Federal e o Governo Estadual, discute-se a possibilidade de o partido não ter candidatura própria.
O PT de Porto Alegre (e, por extensão do RS) está diante de três possibilidades:
1) Apoiar a reeleição de Fortunati, do PDT, partido que compõe o Governo Estadual e Federal;
2) Apoiar Manuela D'Ávila, do PC do B, que compõe o Governo Estadual e Federal e
3) Lançar candidatura própria, como sempre fez em Porto Alegre.
Abrir mão de candidatura não é novidade no PT nacional. Para quem não lembra, houve pessoas da direção nacional do PT que propuseram o apoio a Germano Rigotto para o governo do estado, em 2010. Tudo isso para fortalecer a aliança nacional com o PMDB, quando se sabia que o PMDB do RS era adversário declarado do PT e sair do isolamento político. Tendo a derrota como certa, não concorrer evitaria um desgaste e fortaleceria a aliança nacional, que era prioridade. Aceita a conjecturação de certos jênios da articulação política, seria o maior desastre político do PT do Rio Grande do Sul.
Vamos aos fatos concretos: apoiar Fortunati, seria apoiar o prosseguimento da gestão de oito anos da coalização que, inicialmente com Fogaça, fez de tudo para varrer a lembrança das administrações do PT e, no fim das contas, está fazendo uma administração medíocre. Em oito anos, o PT vem fazendo oposição e, há muito custo, mantendo sua base coesa na contestação ao modelo fogacista.
Apoiar Manuela seria menos ruim. Afinal, em que pese, na minha singela opinião, a deputada ser pós-moderna demais e abusar dos dicursos sem conteúdo, ficaríamos em um campo político mais aceitável para a base do PT.
Lançar candidatura própria é outra hipotese. A possibilidade de isolamento eleiotral do PT é real. Os antigos aliados de Fogaça permaneceriam com Fogaça e os antigos aliados do PT iriam para Manuela. No caso da eleição estadual, é bom que se diga, a tentativa de juntar PTB/PSB/PC do B e PP juntos fracassou, trazendo aliados para o candidato petista que, é bom que se diga, não era qualquer um, era Tarso Genro. Porém, a apresentação de uma candidatura própria sempre estimula a votação dos parlamentares. Na eleição passada para a prefeitura de Porto Alegre, a coligação manuelista elegeu três representantes. A falta de visão do PC do B acabou entregando as três cadeiras para o PPS, mas, de qualquer maneira, o "65" fez uma votação estupenda, puxado pela candidatura majoritária. Ou seja, sem candidatura própria, a bancada do PT pode ficar igual, ou diminuir, o que seria desastroso.
A questão, do ponto de vista do PT, é saber o que é melhor para a afirmação de um projeto para a cidade.
Querem saber a minha opinião? Por enquanto, nenhuma.
Político se transformou em símbolo da luta contra o câncer
Foi anunciada oficialmente nesta terça-feira a morte do ex-vice-presidente José Alencar. O político de 79 anos, que há 13 lutava contra o câncer, se tornou em um símbolo da luta contra a doença. Ele estava internado desde a última segunda-feira com quadro crítico de obstrução intestinal. A morte foi anunciada às 14h52min.
Nesta terça-feira o médico Raul Cutait, um dos coordenadores das equipes médicas que acompanhavam o estado de saúde de Alencar, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, falou sobre a delicadeza do seu estado de saúde.
- Ele está em uma fase muito ruim da vida dele. Voltou a ter uma perfuração no abdômen, que não tem mais condições de tratamento cirúrgico. Mas estamos dando a ele todas as medidas de suporte para que ele não sofra. Ele está com muito analgésico para não sentir dor, por isso está sonolento o tempo todo - disse.
Alencar havia deixado o hospital no último dia 15 março, após passar mais de um mês internado por causa de uma inflamação no intestino. O ex-vice-presidente luta contra o câncer há mais de uma década.
O vice que acabou com o que chamava de "risco petista", moderando a chapa de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência em 2002, ficou chateado ao voltar a ocupar o Palácio do Planalto em 2006 na condição de plano B. Em junho do ano da reeleição, dois dias antes do anúncio oficial da dobradinha, Lula desistiu de insistir em atrair um parceiro do PMDB. Escolhido candidato a vice na última hora, Alencar teve uma convivência pacífica com o presidente - mesmo tendo se notabilizado pelas críticas à política monetária do governo, em seus primeiros tempos. O empresário mineiro discordava insistentemente das altas taxas de juros. De: Clicrbs