A estrutura e o modo de ação dessas torcidas são, potencialmente, um criadouro de brigões e intolerantes. Não é à toa que uma das gangues chamava a si própria de "Guarda" Popular. O que se espera de umgrupo que se intitula desse modo, senão agirem como uma força paramilitar em defesa.... do que mesmo?
No Grêmio, a direção institucionalizou a visão facistóide ao conclamar os torcedores a ingressarem num tal "exército gremista". Esse movimento deve gerar preocupação, não orgulho. Futebol não deveria ser uma guerra para ter soldados.
A única tolerância que eu não admito é com os intolerantes. Paradoxal? Talvez. O fato é que aceitar quem não aceita os outros é abrir um caminho para que os intolerantes vençam e, no futuro, não aceitem ninguém. Todavia, diferente dos intolerantes, a ação de quem os condena, como eu, não pode utilizar os mesmos métodos. Isso faz toda a diferença.
Em situações como essas, não interessa para qual time se torce. Interessa que as atitudes dos grupos paramilitares em que se tornaram essas "torcidas" tem que ser enfrentado. Talvez nem todas as torcidas organizadas sejam assim. Porém, o seu modo de funcionamento, e sendo movidas por um amor e um ódio irracionais, torna esses grupos criadouros de jovens fascistas. Nesse caso, tanto faz a cor da camisa, o que importa é o que ela está encobrindo.
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