sábado, 25 de setembro de 2010

Estadão abandona a hipocrisia

O jornal "O Estado de São Paulo" assumiu seu apoio à candidatura de José Serra. Antes tarde do que nunca. Obviamente isso não dá direito a publicar reporcagens mentirosas, mas permite que o leitor do Estadão saiba com quem está falando, ou melhor, o que está lendo. A iniciativa não é pioneira. A revista "Carta Capital" já assumiu posição nas eleições. Isso dá transparência e acaba com a farsa da "informação isenta".
Agora, só faltam "Veja", "Zero Hora", "Folha de São Paulo", "Época".....

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Salve-se quem puder

Tá ficando pequeno o palanque do Serra. Em vários lugares, não haverá encerramento da campanha tucana, a campanha encerrou há muito tempo.
Em se tratando de Pedro Simon, há uma tentativa de dar sobrevida às candidaturas que ele articulou e que estão indo à bancarrota. Além disso,  senador está dando a sua contribuição para tentar empurrar a eleição para o segundo turno.
De Serrista envergonhado a apoiador de DIlma, Simon, agora, marinou. É muita decadência. A velha raposa da política tá virada num guapeca veio.
Se os prognósticos se confirmarem, os dois príncipes da embromação política do Rio Grande do Sul, Rigotto e Fogaça, vão dar com os burros n'água. O próximo, em 2014, será o rei: Pedro Simon.

Nemo Plínio nem o povo foram ao debate da "esquerda"


Com todo o respeito aos companheiros, mas PCB, PCO e PSTU falam uma linguagem completamente distante da realidade. Desses, o PSTU ainda é o que possui alguma base social e militância nos movimentos. Os demais, falam em nome de um povo que sequer os escuta. Tudo bem qie a eleição presidencial é tudo coisa da burguesia e tal, mas PCB e PCO poderiam poderiam, ao menos, fazer uma panfletagem ou aparecer na rua. Os caras se escondem a campanha toda e só aparecem fazendo um discurso doutrinário no horário gratuito que a legislação burguesa estabeleceu. PSTU ainda junta algumas ideias com sentido, mas parece recitar uma cartilha.
Tradicionalmente, a esquerda adora discutir quem está mais à esquerda que o outro, numa discussão sem fim. Mas até o esquerdismo tem que ter algum limite. 
As massas das quais eles tanto falam passam longe dos atos que eles promovem.
Pode ser tudo fruto do meu espírito reformista pequeno-burguês, mas acho que tem alguma coisa errada com esses caras

Pela mais ampla liberdade de expressão



Leia o manifesto:

O ato “contra o golpismo midiático e em defesa da democracia”, proposto e organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, adquiriu uma dimensão inesperada. Alguns veículos da chamada grande imprensa atacaram esta iniciativa de maneira caluniosa e agressiva. Afirmaram que o protesto é “chapa branca”, promovido pelos “partidos governistas” e por centrais sindicais e movimentos sociais “financiados pelo governo Lula”. De maneira torpe e desonesta, estamparam em suas manchetes que o ato é “contra a imprensa”.
Diante destas distorções, que mais uma vez mancham a história da imprensa brasileira, é preciso muita calma e serenidade. Não vamos fazer o jogo daqueles que querem tumultuar as eleições e deslegitimar o voto popular, que querem usar imagens da mídia na campanha de um determinado candidato. Esta eleição define o futuro do país e deveria ser pautada pelo debate dos grandes temas nacionais, pela busca de soluções para os graves problemas sociais. Este não é momento de baixarias e extremismos. Para evitar manipulações, alguns esclarecimentos são necessários:
1. A proposta de fazer o ato no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo teve uma razão simbólica. Neste auditório que homenageia o jornalista Vladimir Herzog, que lutou contra a censura e foi assassinado pela ditadura militar, estão muitos que sempre lutaram pela verdadeira liberdade de expressão, enquanto alguns veículos da “grande imprensa” clamaram pelo golpe, apoiaram a ditadura – que torturou, matou, perseguiu e censurou jornalistas e patriotas – e criaram impérios durante o regime militar. Os inimigos da democracia não estão no auditório Vladimir Herzog. Aqui cabe um elogio e um agradecimento à diretoria do sindicato, que procura manter este local como um espaço democrático, dos que lutam pela verdadeira liberdade de expressão no Brasil.
2. O ato, como já foi dito e repetido – mas, infelizmente, não foi registrado por certos veículos e colunistas –, foi proposto e organizado pelo Centro de Estudos Barão de Itararé, entidade criada em maio passado, que reúne na sua direção, ampla e plural, jornalistas, blogueiros, acadêmicos, veículos progressistas e movimentos sociais que lutam pela democratização da comunicação. Antes mesmo do presidente Lula, no seu legítimo direito, criticar a imprensa “partidarizada” nos comícios de Juiz de Fora e Campinas, o protesto contra o golpismo midiático já estava marcado. Afirmar o contrário, insinuando que o ato foi “orquestrado”, é puro engodo. Tentar atacar um protesto dos que discordam da cobertura da imprensa é tentar, isto sim, censurar e negar o direito à livre manifestação, o que fere a própria Constituição. É um gesto autoritário dos que gostam de criticar, mas não aceitam críticas – que se acham acima do Estado de Direito.
3. Esta visão autoritária, contrária aos próprios princípios liberais, fica explícita quando se tenta desqualificar a participação no ato das centrais sindicais e dos movimentos sociais, acusando-os de serem “ligados ao governo”. Ou será que alguns estão com saudades dos tempos da ditadura, quando os lutadores sociais eram perseguidos e proibidos de se manifestar? O movimento social brasileiro tem elevado sua consciência sobre o papel estratégico da mídia. Ele é vítima constante de ataques, que visam criminalizar e satanizar suas lutas. Greves, passeatas, ocupações de terra e outras formas democráticas de pressão são tratadas como “caso de polícia”, relembrando a Velha República. Nada mais justo que critique os setores golpistas e antipopulares da velha mídia. Ou será que alguns veículos e até candidatos, que repetem o surrado bordão da “república sindical”, querem o retorno da chamada “ditabranda”, com censura, mortos e desaparecidos? O movimento social sabe que a democracia é vital para o avanço de suas lutas e para conquista de seus direitos. Por isso, está aqui! Ele não se intimida mais diante do terrorismo midiático.
4. Por último, é um absurdo total afirmar que este ato é “contra a imprensa” e visa “silenciar” as denúncias de irregularidades nos governos. Só os ingênuos acreditam nestas mentiras. Muitos de nós somos jornalistas e sempre lutamos contra qualquer tipo de censura (do Estado ou dos donos da mídia), sempre defendemos uma imprensa livre (inclusive da truculência de certos chefes de redação). Quem defende golpes e ditaduras, até em tempos recentes, são alguns empresários retrógrados do setor. Quem demite, persegue e censura jornalistas são os mesmos que agora se dizem defensores da “liberdade de imprensa”. Somos contra qualquer tipo de corrupção, que onera os cidadãos, e exigimos apuração rigorosa e punição exemplar dos corruptos e dos corruptores. Mas não somos ingênuos para aceitar um falso moralismo, típico udenismo, que é unilateral no denuncismo, que trata os “amigos da mídia” como santos, que descontextualiza denúncias, que destrói reputações, que desrespeita a própria Constituição, ao insistir na “presunção da culpa”. Não é só o filho da ex-ministra Erenice Guerra que está sob suspeição; outros filhos e filhas, como provou a revista CartaCapital, também mereceriam uma apuração rigorosa e uma cobertura isenta da mídia.
5- Neste ato, não queremos apenas desmascarar o golpismo midiático, o jogo sujo e pesado de um setor da imprensa brasileira. Queremos também contribuir na luta em defesa da democracia. Esta passa, mais do que nunca, pela democratização dos meios de comunicação. Não dá mais para aceitar uma mídia altamente concentrada e perigosamente manipuladora. Ela coloca em risco a própria a democracia. Vários países, inclusive os EUA, adotam medidas para o setor. Não propomos um “controle da mídia”, termo que já foi estigmatizado pelos impérios midiáticos, mas sim que a sociedade possa participar democraticamente na construção de uma comunicação mais democrática e pluralista. Neste sentido, este ato propõe algumas ações concretas:
- Desencadear de imediato uma campanha de solidariedade à revista CartaCapital, que está sendo alvo de investida recente de intimidação. É preciso fortalecer os veículos alternativos no país, que sofrem de inúmeras dificuldades para expressar suas idéias, enquanto os monopólios midiáticos abocanham quase todo o recurso publicitário. Como forma de solidariedade, sugerimos que todos assinemos publicações comprometidas com a democracia e os movimentos sociais, como a Carta Capital, Revista Fórum, Caros Amigos, Retrato do Brasil, Revista do Brasil, jornal Brasil de Fato, jornal Hora do Povo, entre outros; sugerimos também que os movimentos sociais divulguem em seus veículos campanhas massivas de assinaturas destas publicações impressas;
- Solicitar, através de pedidos individuais e coletivos, que a vice-procuradora regional eleitoral, Dra. Sandra Cureau, peça a abertura dos contratos e contas de publicidade de outras empresas de comunicação – Editora Abril, Grupo Folha, Estadão e Organizações Globo –, a exemplo do que fez recentemente com a revista CartaCapital. É urgente uma operação “ficha limpa” na mídia brasileira. Sempre tão preocupadas com o erário público, estas empresas monopolistas não farão qualquer objeção a um pedido da Dra. Sandra Cureau.
- Deflagrar uma campanha nacional em apoio à banda larga, que vise universalizar este direito e melhorar o PNBL recentemente apresentado pelo governo federal. A internet de alta velocidade é um instrumento poderoso de democratização da comunicação, de estimulo à maior diversidade e pluralidade informativas. Ela expressa a verdadeira luta pela “liberdade de expressão” nos dias atuais. Há forte resistência à banda larga para todos, por motivos políticos e econômicos óbvios. Só a pressão social, planejada e intensa, poderá garantir a universalização deste direito humano.
- Apoiar a proposta do jurista Fábio Konder Comparato, encampada pelas entidades do setor e as centrais sindicais, do ingresso de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) por omissão do parlamento na regulamentação dos artigos da Constituição que versam sobre comunicação. Esta é uma justa forma de pressão para exigir que preceitos constitucionais, como o que proíbe o monopólio no setor ou o que estimula a produção independente e regional, deixem de ser letra morta e sejam colocados em prática. Este é um dos caminhos para democratizar a comunicação.
- Redigir um documento, assinado por jornalistas, blogueiros e entidades da sociedade civil, que ajude a esclarecer o que está em jogo nas eleições brasileiras e que o papel da chamada grande imprensa tem jogado neste processo decisivo para o país. Ele deverá ser amplamente divulgado em nossos veículos e será encaminhado à imprensa internacional.

DESCULPA PARA CALAR A OPINIÃO

Por Luiz Cláudio Cunha
Eu não frequento clubes que me aceitem como sócio.
(Groucho Marx, 1890-1977, comediante, EUA).

O respeitado Clube de Editores e Jornalistas de Opinião do Rio Grande do Sul, que reúne duas dezenas dos mais importantes colunistas e blogueiros do Estado, tomou uma grave decisão na semana passada. Por escassa maioria, numa reunião virtual feita pela internet, o Clube de Opinião decidiu “não opinar” sobre o inclemente processo que a família do ex-governador gaúcho Germano Rigotto move contra um pequeno jornal de Porto Alegre, o JÁ.
A ação judicial, que completa dez anos, está matando financeiramente o jornal de cinco mil exemplares editado há 25 anos pelo jornalista Elmar Bones, que em agosto passado teve suas contas pessoais bloqueadas pelos advogados dos Rigotto. A valente opção não opinativa do Clube de Opinião teve uma bela desculpa: “evitar qualquer conotação política-eleitoral” antes do pleito de 3 de outubro, já que Germano Rigotto é candidato ao Senado pelo PMDB gaúcho. Num sereno, mas contundente editorial publicado no domingo (19) no site do jornal e reproduzido neste OI, Elmar Bones respondeu, batendo no osso da questão:
“Pode ser uma maneira cômoda de contornar uma situação espinhosa, mas essa interpretação não encontra base nos fatos e contraria a lógica da democracia. O processo eleitoral, que exige verdade e cobra opinião do eleitor, não pode ser usado como pretexto para a omissão, o silêncio e a desinformação”.

Corrida de dez dias

Não vou perder tempo escrevendo, se o Verísismo já fez. 

De hoje à data da eleição teremos dez dias de manchetes nos jornais e duas edições da "Veja". Não sei até quando podem ser publicadas as pesquisas sobre intenção de voto, mas até a última publicação — aquela que, segundo os céticos, é a mais confiável, pois é a que garante a credibilidade e o futuro dos pesquisadores — veremos uma corrida emocionante: o noticiário perseguindo os índices da Dilma para tentar derrubá-los antes da chegada, no dia 3.
O prêmio, se conseguirem, será um segundo turno. Se não conseguirem, a única duvida que restará será: se diz a presidente ou a presidenta?
Até agora as notícias de corrupção na Casa Civil não afetaram os índices da Dilma. Estou escrevendo na terça, talvez as últimas pesquisas mostrem um efeito retardado. Mas ainda faltam dez dias de manchetes e duas edições da "Veja", quem sabe o que virá por aí?
O governo Lula tem um bom retrospecto na sua competição com o noticiário. A popularidade do Lula não só resistiu a tudo, inclusive as mancadas e os impropérios do próprio Lula, como cresceu com os oito anos de denúncias e noticiário negativo.
Desde UDN x Getúlio nenhum presidente brasileiro foi tão atacado e denunciado quanto Lula. Desde sempre, nenhum presidente brasileiro acabou seu mandato tão bem cotado.
Acrescente-se ao paradoxo o fato de que o eleitorado brasileiro é tradicionalmente, às vezes simplisticamente, moralista. Elegeu Janio para varrer a sujeira do governo Juscelino, elegeu Collor para acabar com os marajás, aplaudiu a queda do Collor por corrupção presumida e houve até quem pedisse o impedimento do Itamar por proximidade temerária com calcinha transparente.
Mas o moralismo tornou-se politicamente irrelevante com Lula e, por tabela, para os índices da Dilma . É improvável que volte a ser decisivo em dez dias. Mas nunca se sabe. O que talvez precise ser revisado, depois dos oito anos do Lula e depois destas eleições, quando a poeira baixar, seja o conceito da imprensa como formadora de opiniões.
Mas a corrida dos dez dias começa hoje e seu resultado ninguém pode prever com certeza. Virá alguma bomba de fragmentação de última hora ou tudo que poderia explodir já explodiu? O que prevalecerá no final, os índices inalterados da Dilma ou o noticiário? Faça a sua aposta.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Rede TV! condenada por uso de imagem não autorizada no programa ´Pânico´


Do site Espaço Vital (22.09.10)
O 4º Juizado Especial Cível do Rio de Janeiro condenou a Rede TV! a reparar com R$ 18 mil, a título de danos morais, à dentista A.P.P.O.C. por ter exibido imagens suas não autorizadas, no programa Pânico na Tv.
 A dentista que estava na praia no momento da gravação, foi exposta na telinha em close e de corpo inteiro. Na cena, sendo filmada bem de perto, com recursos gráficos, o programa acrescentou um bigode à imagem do rosto feminino.
 Segundo o juiz Brenno Mascarenhas, a conduta da emissora expôs a dentista ao ridículo, causando-lhe gravíssimo constrangimento que deve ser indenizado, uma vez que ela não é pessoa pública ou dada à exposição da sua imagem.
 “A impertinente conduta da réu é abusiva e ilegal. Com efeito, o réu violou a privacidade e a intimidade da autora, que são direitos protegidos pela Constituição do Brasil”, afirmou o juiz.
 Para o magistrado, o valor da condenação, que alcançou o limite máximo da alçada dos juizados, deve-se ao princípio da proporcionalidade. (Proc. nº 0158387-96.2009.8.19.0001 - com informações do TJ-RJ)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Exclusivo! A culpada pela pane no metrô

Segundo o governador do Estado, Alberto Goldman (PSDB), o problema foi causado por uma blusa colocada na porta de um vagão da linha 3- Vermelha para travar a porta.
Aqui está a dona da blusa:
Senhora sem blusa é a suposta sabotadora

Serra vai se explicar o delegado

O Promotor Silvio Hiroshi Oyama, do Ministério Público do Estado de são Paulo, acolheu representação do Pt e determinou á Polícia Federal abertura de inquério para apurar crimes de calúnia eleitoral, injúria e difamação, em pronunciamentos do candidato José Serra.
Trata-se da acusação de que o PT e Dilma Rousseff teriam praticado "crime contra a democracia", quebra de sigilo", "espionagem" e "chantagem".
O promotor determinou que Serra seja ouvido para confirmar e, em caso positivo, apresentar provas do que disse.
 

PSDB instala inquisição em São Luiz Gonzaga

Os tucanos adoram defender a democracia na casa dos outros. Em São Luiz Gonzaga, instalaram um proceso de perseguição ao delegado José Renato Moura ,meu amigo e blogueiro. Foi trazido à luz um ofício assinado pelo prefeito e pelo vice-prefeito do município solicitando a transferência do delegado. A solicitação, absolutamente indevida, alega que o delegado estaria prejudicandoa harmonia entre os poderes públicos para solução de problemas. Os argumentos seriam risíveis, não fosse o obscurantismo que os fundamentam.
O delegado José Renato, como tantos outros servidores da Polícia Civil, é filiado a um partido (no caso, ao PT) e exerce o seu direito constitucional à opinião. O problema, para o prefeito, é que a opinião do delegado é contrária à sua. Por isso, valendo-se da sua identidade partidária, o prefeito solicitou  a remoção do delegado. 
Isso não tá parecido com a tentativa do ex-chefe de gabinete da Governadora ,Ricardo Lied, que intermediava mudança de delegados conforme os interesses do tucanato gaúcho?
Não é isso que eles condenam? Um Estado aparelhado e policialesco?

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Amnesty International critica decisão do Presidente Obama sobre Cuba

                         

A Amnesty International apelou inúmeras vezes ao presidente Obama para não estender o exercício de sua autoridade sobre o TWEA, e para que os EUA suspendessem o embargo contra a ilha. Em carta datada de 12 de agosto de 2010, a Amnesty International pressionou fortemente o presidente Obama a acabar com uma política de cinco décadas que se demonstrou prejudicial aos direitos humanos em Cuba.
 O governo cubano usou repetidamente o embargo como justificativa para manter restrições à liberdade de expressão, de associação e de reunião pacífica. No relatório de junho de 2010, Restrictions on Freedom of Expression in Cuba (Restrições à Liberdade de Expressão em Cuba), a Amnesty International descreveu como o embargo e o antagonismo político com os EUA continuam a ser usados como pretexto para reduzir a dissidência e as críticas ao governo cubano. Consequentemente, jornalistas independentes e ativistas dos direitos humanos são constantemente assediados, intimidados, e muitos enfrentam acusações criminais.
  
O relatório da Amnesty International The US embargo against Cuba: Its impact on economic and social rights (O embargo americano contra Cuba: impactos nos direitos econômicos e sociais), de 2009, concluiu que as sanções impostas pelos EUA desde 1962 estão afetando negativamente o acesso dos cubanos a remédios e tecnologias médicas, e pondo em risco a saúde de milhões. Agências da ONU e programas em operação em Cuba, como UNICEF, UNAIDS e UNFPA, relataram que o embargo norte-americano debilitou a implementação de programas voltados a melhorar as condições de vida dos cubanos.
 O congresso norte-americano tem a autoridade máxima para revogar o equivocado embargo, que tem um impacto devastador nas vidas dos cubanos e reduz a liberdade de cidadãos norte-americanos viajarem para a ilha e realizarem negócios em Cuba. Os legisladores também têm a oportunidade de reduzir o impacto negativo do embargo aprovando os projetos de lei HR4645 e S1089 e efetivamente acabando com a proibição de viajar a Cuba. Este seria um passo na direção certa e poderia encorajar membros do congresso a acabar com o embargo de uma vez por todas.
O presidente Obama tem o poder de reverter sua recente decisão a qualquer momento com uma nova determinação presidencial pondo um fim à aplicação do TWEA em relação a Cuba. A Amnesty International continuará a apelar pela reversão de uma instância antiquada, adotada durante a Guerra Fria, que se prova danosa ao desfrute dos direitos humanos tanto pelos cidadãos cubanos, quanto pelos norte-americanos.
Contexto
Sanções econômicas contra Cuba foram concebidas à luz do TWEA em 1963. A aplicação do TWEA em Cuba teria expirado em meados de setembro, caso o presidente Obama não o tivesse estendido até setembro de 2011. A expiração teria levado ao fim das sanções econômicas contra Cuba, e permitido que os cidadãos norte-americanos tivessem o direito de viajar livremente à ilha, e daria às empresas americanas a possibilidade de fazer negócios com e em Cuba.
  A aplicação do TWEA em Cuba, constituindo o alicerce para uma série de sanções chamadas de Regulações de Controle dos Ativos Cubanos, é de responsabilidade do presidente norte-americano. Desde 1978, toda administração norte-americana tem renovado a aplicação do TWEA a Cuba, insistindo que é de interesse nacional dos Estados Unidos.
  O embargo contra Cuba é incorporado à legislação norte-americana por meio das leis Torricelli e Helms-Burton. A lei Helms-Burton, adotada em 1996, afirma que as sanções só podem ser suspensas se Cuba iniciar um processo de democratização.
  Desde que assumiu o governo, o presidente Obama tomou atitudes positivas para abrandar limitações específicas, incluindo a suspensão das restrições a cubanos americanos que desejam viajar para a ilha, ou enviar remessas a seus familiares. No entanto, o presidente Obama renovou a aplicação das sanções contra Cuba à luz do TWEA, tanto em setembro de 2009 quanto, mais recentemente, em 2 de setembro de 2010.