Hoje é dia do ato em defesa da possibilidade de Luciana Genro ser candidata à Câmara Municipal de Porto Alegre. Comentei em uma postagem (leia aqui) que não achava coerente a deputada Luciana Genro reivindicar para si a exclusão do cumprimento de uma norma constitucional, conforme entendi da argumentação que ela fez em entrevista à rádio. Parece que a coisa não é bem assim.
Há juristas (inclusive o Governador eleito Tarso Genro) que raciocinam de um modo bastante lógico: o território de jurisdição do Governador não é o município, mas o Estado, portanto, ela estaria livre para concorrer no âmbito do Município de Porto Alegre, que é um ente autônomo em relação ao Estado do Rio Grande do Sul. Ou seja, não é necessário pedir exceção, tampouco mudar a Constituição para que Luciana Genro concorra à vereança. Logo, toda essa movimentação tem um fim inequívoco: promover antecipadamente o nome da deputada e criar um clima favorável a ela. Muito esperto, muito esperto. A política eleitoral é assim mesmo, tem que se mexer.
Tem muita gente chingando a "lei" (só que não é uma lei, é a Constituição) e protestando contra uma proibição que, ao que parece, não existe e sobre uma situação à qual o judiciário sequer se manifestou.
No fim, acho que tudo se resolve e Luciana deverá ser candidata, e obterá grande votação na próxima eleição. Fará uma votação tão grande que, certamente carregará mais um ou dois candidatos do Psol (assim como Pedro Ruas, com seus quinze mil votos, carregou Fernanda Melchiona e seus três mil e poucos votos), passando-os à frente de candidatos de outros partidos. Os candidatos de outras legendas que ficarem de fora por conta da grande votação de Luciana irão lamentar, mas, ao fim, como diz o ditado: um dia é da caça, outro, da pesca.
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