Tarso, ungido pela unanimidade do encontro do PT, montou um teorema muito sólido: trazendo PDT e PTB a vitória fica mais próxima. Só falta avisar os aliados. A coisa não é nada simples. O PDT está encantado pela possibilidade de compor a chapa estadual e assumir a prefeitura da capital no caso da candidatura Fogaça. Caso o candidato seja Rigotto, a prefeitura fica mais distante. Terá que aguardar até 2012. Mesmo assim, a participação na chapa estadual é uma possibilidade. O PT pode oferecer o que?
No caso do PTB, a coisa é mais complicada. O PTB é base do governo (de todos os governos, aliás). Tarso foi enfático: ou o PTB sai do governo Yeda, ou não tem coligação. Isso alegrou a base petista, mas parece não ter sensibilizado o PTB. Não sei se a Taline Oppitz ainda é CC do Demhab, mas ela já informou que o ultimato não caiu bem aos olhos dos petebistas. O que parece ser algo básico para as pessoas comuns (se você está no governo, não pode participar da chapa de oposição), não é tão simples para o PTB e outros. Para eles, é normal mudar de time no meio do jogo, desde que se permaneça jogando.
Para muito petistas (talvez a imensa maioria), antecipar a escolha do candidato foi um modo de permitir a negociação de alianças. Eu e mais umas sete pessoas achamos que isso pouco vai influenciar o quadro eleitoral. Aliás, o lançamento antecipado pode colocar Tarso prematuramente no alvo das críticas ao seu trabalho. Tudo o que ele vier a fazer, mais do que agora, será utilizado para caracterizar como prática eleitoreira e coisas do gênero. É o preço da antecipação.
Tarso, eleições 2010, PT