De: Pragmatismo Político
O ditado "quem fala o que quer, ouve o que não quer" nunca foi tão bem aplicado como na resposta de Eduardo Jorge ao ataque populista e autoritário de Marcelo Tas
Marcelo Tas atacou o presidenciável do PV, Eduardo Jorge, pelo Twitter (Imagem: Pragmatismo Político)
Marcelo Tas polemizou, pelo Twitter, com o candidato do Partido Verde (PV) à Presidência Eduardo Jorge, chamando-o de “vida mansa” por ele ter sugerido, em seu programa eleitoral, que os cidadãos diminuíssem o uso de carro. O apresentador, no entanto, acabou levando a pior no debate com o presidenciável, com comentários grosseiros sendo rebatidos por respostas educadas
Kiko Nogueira, DCM
O apresentador do CQC Marcelo Tas quis, inexplicavelmente, crescer para cima do candidato do PV no Twitter. Uma cotovelada gratuita, vinda do nada, sabe-se lá para quê.
“Eduardo Jorge sugere q paremos de usar carro. E quem não tem a vida mansa como ele, como fazer?”
Bem, não apenas Eduardo Jorge, mas o mundo anda sugerindo transportes alternativos e discutindo a questão da mobilidade nas cidades. “Vida mansa” significa o quê? Que o homem é um vagabundo, ao contrário de Tas?
Eduardo Jorge respondeu de maneira objetiva: “Uso metrô, trem, ônibus e bicicleta no dia a dia. Sou médico sanitarista, trabalho e me locomovo como a maioria dos brasileiros”.
Tas não se deu por vencido. “Você é candidato a presidente do Brasil. Ao dizer que não usa carro, além de populista, você se torna um mentiroso”.
“Não disse que não uso carro, e sim que uso transporte público e bike nos deslocamentos do dia a dia sempre que possível”, foi a resposta.
A chantagem do apresentador prosseguiu com uma ameaça de publicar fotos de EJ num automóvel (!!), como se isso pudesse provar alguma coisa.
O ataque de Tas é uma trolagem mal informada e mal intencionada, supostamente esperta, de um candidato “menor” à presidência da República.
De alguma maneira, ele deve considerar que está combatendo um mal. É preciso desmascarar os “picaretas” propondo uma tese absurda e inaceitável como usar transporte público ou bicicleta.
O populismo autoritário de gente como Marcelo Tas é muito mais nocivo e perigoso que o de Eduardo Jorge.
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