Por
falar em eleições, cadê a direita que estava aqui? Terá sido comida
pelo bicho? José Dirceu escreveu hoje que a união Dudu-Marina mostra "o
fracasso da direita no Brasil". Entendo que ele queira falar do fracasso
eleitoral da direita partidária em apresentar candidaturas viáveis e
puro sangue em eleições majoritárias (ufa...cansei).
Fiquei
pensando nisso. De fato, estamos completando 5 mandatos presidenciais
consecutivos no Brasil de governos de centro-esquerda. Ou que vieram da
esquerda para o centro, se vocês preferem assim. Vir para o centro é
normal, pois no centro político sempre se concentra o maior número de
votos, de forma que ninguém ganha eleições ou governa sem ocupá-lo. Mas o
avanço para o centro pode vir da direita ou da esquerda e só insensatos
poderiam dizer de FHC, Lula e Dilma que tenham partido da direita.
Mesmo o PSDB, só se deslocou para a direita e para o lado mais
conservador porque foi empurrado naquela direção quando o
PT se instalou no centro-esquerda e foi se esparramando. Ficasse no
mesmo espectro, o PSDB não teria discurso nem chances eleitorais e como
não foi capaz de tomar de volta este espaço, arredou um bocadinho para o
outro lado. Circunstâncias.
O que resultou desses 20 anos (uma
geração, meus amigos) de ausência de jogadores fortes na direita?
Primeiro, a direita republicana foi desidratando: o maior exemplo são os
Democratas (ex-PFL, ex um monte de coisas), que ficou falando sozinho
contra impostos e controle de gastos. O discurso mostrou-se
eleitoralmente inócuo e o distanciamento do poder político provocou a
síndrome de abstinência de poder político que resultou na fuga de
quadros (ou "ratos", preferem os radicais). Outro exemplo é a ausência de
desafiantes importantes de direita na arena principal. Não é certamente
Aécio Neves
o cara de direita no cenário, como crê Dirceu. Nem o neto de Arraes vai
improvisar no papel. Nem tampouco Marina, que é conservadora, mas de
esquerda, que no Brasil há uma esquerda bem conservadora.
Não
sabemos ainda quais serão os discursos eleitorais de Aécio, Marina e
Eduardo Campos, mas sabemos com certeza que dirão que farão o mesmo que o
PT faz, só que farão melhor e mais limpo. Aécio ainda falará de ajuste
fiscal, para deixar FHC contente, Marina acrescentará o seu monotema
(que vocês sabem qual é) e Eduardo Campos falará de.... (de quê mesmo?
ganha uma pitomba qualquer não pernambucano que saiba o que de peculiar
Dudu acrescenta ao panorama, além dos olhos claros). Em suma, resta ao
eleitor de direita simplesmente votar contra o PT. O antipetismo, pelo
menos no nível da eleição presidencial, é o que restou à direita, para
se distrair e desabafar.
Por
falar em eleições, cadê a direita que estava aqui? Terá sido comida
pelo bicho? José Dirceu escreveu hoje que a união Dudu-Marina mostra "o
fracasso da direita no Brasil". Entendo que ele queira falar do fracasso
eleitoral da direita partidária em apresentar candidaturas viáveis e
puro sangue em eleições majoritárias (ufa...cansei).
Fiquei pensando nisso. De fato, estamos completando 5 mandatos presidenciais consecutivos no Brasil de governos de centro-esquerda. Ou que vieram da esquerda para o centro, se vocês preferem assim. Vir para o centro é normal, pois no centro político sempre se concentra o maior número de votos, de forma que ninguém ganha eleições ou governa sem ocupá-lo. Mas o avanço para o centro pode vir da direita ou da esquerda e só insensatos poderiam dizer de FHC, Lula e Dilma que tenham partido da direita. Mesmo o PSDB, só se deslocou para a direita e para o lado mais conservador porque foi empurrado naquela direção quando o PT se instalou no centro-esquerda e foi se esparramando. Ficasse no mesmo espectro, o PSDB não teria discurso nem chances eleitorais e como não foi capaz de tomar de volta este espaço, arredou um bocadinho para o outro lado. Circunstâncias.
O que resultou desses 20 anos (uma geração, meus amigos) de ausência de jogadores fortes na direita? Primeiro, a direita republicana foi desidratando: o maior exemplo são os Democratas (ex-PFL, ex um monte de coisas), que ficou falando sozinho contra impostos e controle de gastos. O discurso mostrou-se eleitoralmente inócuo e o distanciamento do poder político provocou a síndrome de abstinência de poder político que resultou na fuga de quadros (ou "ratos", preferem os radicais). Outro exemplo é a ausência de desafiantes importantes de direita na arena principal. Não é certamente Aécio Neves o cara de direita no cenário, como crê Dirceu. Nem o neto de Arraes vai improvisar no papel. Nem tampouco Marina, que é conservadora, mas de esquerda, que no Brasil há uma esquerda bem conservadora.
Não sabemos ainda quais serão os discursos eleitorais de Aécio, Marina e Eduardo Campos, mas sabemos com certeza que dirão que farão o mesmo que o PT faz, só que farão melhor e mais limpo. Aécio ainda falará de ajuste fiscal, para deixar FHC contente, Marina acrescentará o seu monotema (que vocês sabem qual é) e Eduardo Campos falará de.... (de quê mesmo? ganha uma pitomba qualquer não pernambucano que saiba o que de peculiar Dudu acrescenta ao panorama, além dos olhos claros). Em suma, resta ao eleitor de direita simplesmente votar contra o PT. O antipetismo, pelo menos no nível da eleição presidencial, é o que restou à direita, para se distrair e desabafar.
Fiquei pensando nisso. De fato, estamos completando 5 mandatos presidenciais consecutivos no Brasil de governos de centro-esquerda. Ou que vieram da esquerda para o centro, se vocês preferem assim. Vir para o centro é normal, pois no centro político sempre se concentra o maior número de votos, de forma que ninguém ganha eleições ou governa sem ocupá-lo. Mas o avanço para o centro pode vir da direita ou da esquerda e só insensatos poderiam dizer de FHC, Lula e Dilma que tenham partido da direita. Mesmo o PSDB, só se deslocou para a direita e para o lado mais conservador porque foi empurrado naquela direção quando o PT se instalou no centro-esquerda e foi se esparramando. Ficasse no mesmo espectro, o PSDB não teria discurso nem chances eleitorais e como não foi capaz de tomar de volta este espaço, arredou um bocadinho para o outro lado. Circunstâncias.
O que resultou desses 20 anos (uma geração, meus amigos) de ausência de jogadores fortes na direita? Primeiro, a direita republicana foi desidratando: o maior exemplo são os Democratas (ex-PFL, ex um monte de coisas), que ficou falando sozinho contra impostos e controle de gastos. O discurso mostrou-se eleitoralmente inócuo e o distanciamento do poder político provocou a síndrome de abstinência de poder político que resultou na fuga de quadros (ou "ratos", preferem os radicais). Outro exemplo é a ausência de desafiantes importantes de direita na arena principal. Não é certamente Aécio Neves o cara de direita no cenário, como crê Dirceu. Nem o neto de Arraes vai improvisar no papel. Nem tampouco Marina, que é conservadora, mas de esquerda, que no Brasil há uma esquerda bem conservadora.
Não sabemos ainda quais serão os discursos eleitorais de Aécio, Marina e Eduardo Campos, mas sabemos com certeza que dirão que farão o mesmo que o PT faz, só que farão melhor e mais limpo. Aécio ainda falará de ajuste fiscal, para deixar FHC contente, Marina acrescentará o seu monotema (que vocês sabem qual é) e Eduardo Campos falará de.... (de quê mesmo? ganha uma pitomba qualquer não pernambucano que saiba o que de peculiar Dudu acrescenta ao panorama, além dos olhos claros). Em suma, resta ao eleitor de direita simplesmente votar contra o PT. O antipetismo, pelo menos no nível da eleição presidencial, é o que restou à direita, para se distrair e desabafar.
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