segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Urubólogos da mídia serão demitidos?



Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou dois dados que devem ter apavorado os urubólogos da mídia. Eles apontam que a renda média dos assalariados subiu 1,7% em agosto e que a taxa de desemprego caiu para 5,3% - um dos mais baixos da história recente do país. Se a economia nativa continuar produzindo estes números positivos, apesar da grave crise que atinge o capitalismo no mundo, os pessimistas de plantão da chamada grande imprensa é que poderão perder os seus empregos. Eles só falam besteiras mesmo!

Segundo o IBGE, o chamado mercado de trabalho mostrou-se imune em agosto ao cenário de desaceleração da economia mundial. A taxa de desemprego ficou em 5,3%, abaixo dos 5,6% de julho – que também já havia recuado em relação aos 6% do mês de junho. Ainda de acordo com o instituto, o número de pessoas ocupadas cresceu 0,4% em agosto na comparação com julho, atingindo 23,2 milhões de trabalhadores nas seis regiões metropolitanas pesquisadas. Em relação a agosto de 2012, a alta foi de 1,2% - ou 274 mil pessoas a mais empregadas.

De julho para agosto, os setores que mais tiveram aumento da ocupação foram construção (2,2%) e saúde, educação e administração públicas (1,5%). Já a indústria fechou vagas, com perda de 39 mil postos. O emprego com carteira cresceu 0,9% e o informal teve queda de 0,2% sobre julho. No que se refere ao rendimento médio dos trabalhadores, o IBGE afirma que houve uma inversão na trajetória de queda verificada em julho (de 0,9%). Em agosto, a renda subiu 1,7%. Em relação a agosto de 2012, a elevação foi de 1,3%.

Para desacreditar ainda mais as previsões dos urubólogos, a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) aumentou na semana passada sua previsão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2% para 2,4% em 2013. O Informe Conjuntural da entidade também baixou sua estimativa da inflação – que baixou de 6% para 5,8% neste ano. “Baseada nestes números, a CNI prevê que a taxa média real de juros será 1,9% ao ano, inferior à registrada no ano passado, quando chegou a 3,1%”, relata a Agência Brasil.

Como se observa, não está fácil a vida dos urubólogos da mídia. As suas previsões pessimistas têm objetivos econômicos e políticos. Servem aos interesses do capital rentista, que aposta no terrorismo para especular no mercado financeiro. Alguns “analistas do mercado”, que congestionam as emissoras da tevê e as colunas dos jornais, inclusive ganham grana nesta agiotagem. Já do ponto de vista político, as previsões alarmistas procuram desgastar o governo atual e servir de palanque para a oposição neoliberal. Os dados do IBGE, porém, atrapalham estes sonhos!

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