Foto mostra a solidariedade de um professor ao carregar policial ferido durante manifestações em São Paulo. Será que essa história é real?
Em abril de 2012, uma fotografia muito curiosa começou a se espalhar pelas redes sociais. Nela podemos ver um homem carregando um policial ferido, em meio a um confronto entre a Polícia Militar e professores, em São Paulo.
Será que isso é verdadeiro ou farsa?
A foto é real! O belíssimo flagra foi eternizado pelo fotógrafo Clayton de Souza, da Agência Estado, em março de 2010. O ato heroico ocorreu no dia 26 de março daquele ano, em confronto entre policiais e professores em uma assembleia promovida próxima ao Palácio dos Bandeirantes – no bairro do Morumbi, em São Paulo. Abaixo podemos ver outra fototirada na sequencia:
A história da imagem
Quanto à história por trás da imagem, há muita controvérsia e muitas dúvidas ainda pairam sobre ela. Afinal, quem é o herói da história? Seria mesmo um professor?
As primeiras noticias publicadas nos principais jornais do país afirmavam que se tratava de um professor que se solidarizou com o policial ferido e resolveu carrega-lo até o atendimento. De acordo com o Estadão, 16 pessoas ficaram feridas durante o confronto entre policiais e manifestantes.
No entanto, no dia seguinte, quando as notícias foram apuradas com mais esmero, descobriu-se que o tal professor era, na verdade, um policial à paisana infiltrado no meio da manifestação e que o ferido era uma mulher, a soldado Erika Cristina Moraes de Souza Canavezi, que foi ferida com uma paulada no rosto.
A versão de que o “rapaz-herói” era um policial foi confirmada também pela própria Polícia Militar em seu blog.
Dúvidas
Algumas questões ainda ficaram sem resposta. Por exemplo:
- O que o policial estaria fazendo disfarçado no meio da manifestação?
- Qual é o nome desse sujeito?
Segundo o Viomundo, no dia 29 de março de 2010, os diretores de subsede da Apeoesp de Osasco passaram o dia investigando a possível origem do rapaz. Muitos se lembram de tê-lo visto em meio aos professores, mas chegaram à conclusão de que o suposto professor não fazia parte dos associados e que era, de fato, um policial militar do serviço reservado (ou secreto) da Polícia Militar paulista. “É um P2, como são chamados”, afirma o Viomundo.
Quanto à identidade do policial disfarçado, em nota ao Viomundo, a Polícia Militar disse que “por solicitação do policial, que pediu para ter o seu nome preservado, a PM não irá divulgar o nome dele”.
Questionada sobre o real motivo de o policial estar infiltrado no meio dos professores, a PM simplesmente respondeu: “Ele estava no local, não disse o que estava fazendo”, respondeu a assessoria de imprensa. Estranho, não é?
Conclusão
A foto é real! Porém o rapaz que salvou a policial não é um professor, é um policial disfarçado.
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