A passeata organizada por integrantes do coletivo Marcha das Vadias, neste sábado à tarde, na Avenida Paulista, região central da capital paulista, reuniu cerca de 300 pessoas contra a violência sofrida pelas mulheres.
Formado por homens e mulheres, algumas com o sutiã à mostra e corpos pintados, o grupo ocupou toda a pista no sentido Paraíso durante a tarde. Os manifestantes seguiram pela rua Augusta, via considerada simbólica por concentrar mulheres que praticam a prostituição, e chegou à praça Roosevelt, por volta das 15h30.
– É na Augusta que ficam as mulheres que a sociedade gosta de chamar de vadias, estupráveis. Nossa intenção é criar visibilidade sobre a luta contra a violência à mulher. É estimular a mulher que sofre violência a romper o silencio e estimular os homens sobre os atos diários de violência que praticam – disse Samanta Dias, integrantes do coletivo, a jornalistas.
Durante o ato, os manifestantes distribuíram aos pedestres um “cartão de segurança”, para ser mantido dentro na carteira, que contém no verso o telefone de serviços de ajuda a mulheres que sofreram violência. Este é o terceiro ano consecutivo que o protesto é realizado em São Paulo.
O primeiro protesto ocorreu no Canadá, em 2011, depois que um policial sugeriu, durante palestra feita na universidade de Toronto, as mulheres deveriam deixar de se vestir como vadias para que não fossem estupradas. As canadenses então organizaram um protesto que reuniu cerca de 3 mil pessoas e se espalhou por cidades como Los Angeles e Chicago (EUA), Buenos Aires (Argentina), Amsterdã (Holanda) e outras pelo mundo.
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