Prezado jornalista Alexandre Garcia, eu já sabia da sua proximidade com o regime militar brasileiro.
Você foi porta-voz do general João Batista Figueiredo, não se pode esquecer este detalhe do seu extenso currículo profissional.
Lembro-me também da sua participação na cobertura da Guerra das
Malvinas, parecia então uma coisa heróica. Soube inclusive que rendeu
uma homenagem da rainha da Inglaterra, a sua cobertura pró-ingleses, um
feito memorável, sem dúvida.
E soube ainda que o governo inglês também gostou demais das suas reportagens.
Foi o que li em um bilhete (clique AQUI)
enviado por um diplomata britânico para o governo britânico. O
documento é público e pode ser encontrato nos arquivos online da
Fundação Margareth Thatcher, recentemente falecida.
Você foi longe, hein Alexandre?
Neste bilhetinho, além da empolgação dos ingleses com o seu perfil
profissional, chamou-me a atenção pra valer o ali mencionado encontro
seu com o ditador chileno Augusto Pinochet. Uau! Fiquei curioso pra
saber sobre o que vocês conversaram.
Alexandre, você e seu faro jornalístico certamente perguntaram ao
ditador sobre os milhares de desaparecidos, os assassinatos, as
torturas, o estádio do terror, certo? Não perguntaram?
Claro que perguntou, um súdito postiço da rainha da Inglaterra não perderia essa oportunidade.
Ou perderia?
Conta pra gente, Alexandre, conta, vai.
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