Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse que pedirá a federalização de todo processo de denúncia, investigação e julgamento dos crimes praticados contra a população em situação de rua na cidade de Goiânia. Hoje (15), foi registrada mais uma morte, elevando para 28 o número de assassinatos de pessoas que vivem nas ruas da capital de Goiás, em menos de oito meses.
“Vou registrar junto ao procurador-geral da República um pedido de federalização, porque não basta federalizarmos nesse caso [apenas] a investigação. Não se trata de a Polícia Federal entrar ali para dar apoio ao estado. Trata-se de verificarmos se em Goiânia e em Goiás nós temos no tecido do estado o envolvimento de pessoas com crime”, disse a ministra, após participar de reunião com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
“Não basta pensarmos em federalizarmos a investigação, nós precisamos que o inquérito seja federal. Nós precisamos que a denúncia seja por parte do Ministério Público Federal e que o julgamento seja pelas autoridades federais”, acrescentou.
O chefe da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), delegado Murilo Polati, rebateu hoje as denúncias de que as mortes estariam associadas à atuação de um grupo de extermínio que contaria com a participação ou a conivência de policiais e de autoridades do governo estadual. “Vejo uma tentativa de politizar o assunto. O que me parece é que a morte de um morador de rua tem mais peso do que a vida dele, porque vejo muito pouco sendo feito para tirá-los da rua. Vejo as críticas e as acusações às polícias Civil e Militar e penso que [enquanto estavam] vivos essas pessoas não receberam a mesma atenção”, disse o delegado à Agência Brasil.
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse que pedirá a federalização de todo processo de denúncia, investigação e julgamento dos crimes praticados contra a população em situação de rua na cidade de Goiânia. Hoje (15), foi registrada mais uma morte, elevando para 28 o número de assassinatos de pessoas que vivem nas ruas da capital de Goiás, em menos de oito meses.
“Vou registrar junto ao procurador-geral da República um pedido de federalização, porque não basta federalizarmos nesse caso [apenas] a investigação. Não se trata de a Polícia Federal entrar ali para dar apoio ao estado. Trata-se de verificarmos se em Goiânia e em Goiás nós temos no tecido do estado o envolvimento de pessoas com crime”, disse a ministra, após participar de reunião com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
“Não basta pensarmos em federalizarmos a investigação, nós precisamos que o inquérito seja federal. Nós precisamos que a denúncia seja por parte do Ministério Público Federal e que o julgamento seja pelas autoridades federais”, acrescentou.
Segundo a ministra, a secretaria
está fazendo um levantamento das deficiências dos inquéritos da polícia e de
circunstâncias relevantes não denunciadas ao Ministério Público para apresentar
o pedido de deslocamento de competência dos casos para a esfera federal. A
petição será feita ainda esta semana.
“Nós temos criminosos agindo ao
mesmo tempo em que as autoridades fecham os olhos e os mantêm impunes. Isso é
uma responsabilidade do estado, e o estado de Goiás não está cumprindo. Vamos
pedir ao MPF a federalização desses crimes, uma vez que nem a polícia, nem o
Ministério Público, nem o Judiciário do estado de Goiás demonstram estar a
altura da missão que têm, de manter a ordem e os direitos humanos da sua
população”, destacou a ministra.
Maria do Rosário ressaltou ainda que
a secretaria não tem “qualquer dúvida” do envolvimento de grupos de extermínio
na morte dos moradores de rua, e que policiais já foram apontados como
responsáveis e participantes dos assassinatos. A ministra ressalvou, no entanto,
que há falta de políticas públicas para a população de rua.
“[A situação em Goiânia não é decorrente] apenas da ausência de política
pública. É, de um lado, a ausência de política pública, de acolhida e de
atendimento mas, de outro lado, a inoperância ou envolvimento, as autoridades do
estado me respondam, se é exclusivamente inoperância ou envolvimento de agentes
do estado com a morte desses moradores, dado o fato da investigação não levar à
responsabilização de ninguém”.O chefe da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), delegado Murilo Polati, rebateu hoje as denúncias de que as mortes estariam associadas à atuação de um grupo de extermínio que contaria com a participação ou a conivência de policiais e de autoridades do governo estadual. “Vejo uma tentativa de politizar o assunto. O que me parece é que a morte de um morador de rua tem mais peso do que a vida dele, porque vejo muito pouco sendo feito para tirá-los da rua. Vejo as críticas e as acusações às polícias Civil e Militar e penso que [enquanto estavam] vivos essas pessoas não receberam a mesma atenção”, disse o delegado à Agência Brasil.
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