Plínio de Arruda Sampaio, oriundo do antigo Partido Democrata Cristão (PDC), de onde também veio Mário Covas, tranformou-se em íncone de certa esquerda. Do alto de sua polpuda e merecida aposentadoria, Plínio fez o caminho inverso do PT, passou de posições moderadas para um extremismo moralista. Adotou a ironia como método de debate e transborda ressentimento, além de adotar um ar professoral que dá a impressão de arrogância.
Não sei o que explica a declaração de Plínio sobre a necessidade de derrotar Haddad e seus elogios a Serra. Certamente não é caduquice. Porém, não se confunda a posição de Plínio com a do PSOL. Pelo que li, o PSOL adotou a posição de "nenhum voto a Serra". Rapidamente, meus companheiros petistas já foram às redes sociais, misturar alhos com bugalhos e "provar" que o PSOL é linha auxiliar dos tucanos. É um palpite tão infeliz quanto o de Plínio sobre a eleição paulistana. Um modo esperto, mas pouco inteligente de coesionar a base atacando os adversários pela esquerda.
Colunistas falam sobre o processo de "peemedebização" do PT. Sem entrar nesse debate, por enquanto, convém lembrar que, nos "tempos gloriosos" do PT, na década de 80, não foram poucas as vezes em que os petistas foram acusados de auxiliar a direita: seja por não apoiarem o PMDB (maior partido de oposição da época), seja por criticarem Brizola (que denominavao PT de "UDN de macacão"). Alguns petistas repetem esse erro, cegos diante das disputas concretas.
Por fim, numa hipotética disputa Serra x Plínio, eu não teria dúvidas: votaria no Plínio.
Confira a música "Palpite Infeliz", de Noel Rosa, na voz da incrível Joyce.
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